Laboratório da UFSC lança livro sobre saúde mental
nas pandemias.
“Atenção à saúde mental nas
pandemias: Perspectivas e estratégias”
Preço R$ 16,07 (ebook à venda na Amazon), 290 págs.
Autor vários; coordenador Roberto Moraes Cruz
Editora Ampla, 1ª edição
Pesquisadores do Laboratório Fator
Humano da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) lançaram neste mês, em
formato ebook, o livro “Atenção à saúde mental nas pandemias: Perspectivas
e estratégias”, pela editora Ampla.
Com 59 autores convidados de diversas
instituições do Brasil e do exterior e 12 organizadores, a obra foi coordenada
por Roberto Moraes Cruz, psicólogo e professor da UFSC.
O livro explica como as condições
de isolamento social e confinamento
praticados durante pandemias, além do medo da contaminação e do processo de recuperação, para quem já foi infectado, e
a perda de entes queridos afetam a saúde
mental da população.
Os principais impactos observados são
o aumento ou surgimento de quadros depressivos, ideação suicida, ansiedade e crises de pânico, transtorno do
estresse agudo, transtorno de estresse pós-traumático, síndrome de burnout e alterações do ciclo
sono-vigília.
“É um livro generalista, para que
qualquer pessoa possa entender, e não apenas profissionais da área. Tentamos
usar uma linguagem mais acessível possível”, explica Cruz.
Apesar de partir do ponto de que
qualquer pandemia e as medidas para enfrentá-la provocam impactos na saúde
mental, a obra destaca a atual crise da Covid-19 para exemplificar
os tópicos abordados.
No início, para contextualizar o
leitor, o capítulo A Covid-19 na Perspetiva Biológica explica o que é
coronavírus (família de vírus relacionados à infecções respiratórias) e como
o Sars-Cov-2 surgiu e como ele se
A obra tem a preocupação não só de
mostrar o que acontece no contexto da pandemia, como aumento de quadros
depressivos e de ansiedade, mas também de explicar o que é cada um desses
transtornos, como identificar seus sinais e sintomas e como procurar ajuda.
Outra questão abordada é o estigma
vivido por quem teve a doença, por pessoas que fazem parte do grupo de risco, como os idosos, ou por profissionais que trabalham em contato
direto com pacientes.
O abuso de álcool e de drogas ilícitas e
o aumento de comportamentos violentos também são
analisados pelos autores.
Esses atendimentos não são exclusivos
a profissionais da saúde mental, como psicólogos e psiquiatras, mas
requerem uma capacitação prévia para oferecer uma escuta acolhedora e saber
levar em consideração questões de gênero e de idade.
As medidas são
aplicadas em populações que enfrentam guerras e desastres naturais como
terremotos, por exemplo.
FOLHA DE SÃO PAULO