Indústria, agro e construção
veem espaço para corte dos juros em agosto.
Setor
produtivo defende que redução da Selic vai impulsionar o consumo e reduzir o
custo de investimentos.
A
aprovação da Reforma Tributária e do arcabouço fiscal, em conjunto com a
divulgação recente de indicadores econômicos positivos, abre espaço para uma
redução da Selic na reunião de agosto do Copom
(Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central), na avaliação de setor
produtivo.
Representantes
da indústria, do agronegócio e da construção civil esperam que o ciclo de
cortes na taxa básica de juros impulsione a renda da população e permita a
expansão dos investimentos produtivos.
Economista-chefe
da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Igor Rocha afirma
que a evolução do nível geral de preços corrobora a expectativa de início do
ciclo de afrouxamento da política monetária a partir de agosto.
Ele
diz que os preços no atacado têm mostrado expressiva descompressão, com queda
de 1,3% do IGP-M (Índice Geral de Preços — Mercado) na primeira prévia de
julho, enquanto o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)
teve deflação de 0,08% em junho.
Segundo estudos elaborados pela Fiesp, cada
aumento de 1 ponto percentual da taxa real de juros tem impacto sobre o PIB da
indústria de transformação superior a 50% ao que ocorre no PIB total.
FOLHA DE SÃO PAULO