Se o benefício fosse extinto, entrariam R$ 7 bilhões
por ano no caixa do INSS
Por apoio dos
ruralistas, a nova versão da reforma da Previdência deve manter a isenção tributária sobre a produção agrícola exportada,
além de poupar o trabalhador rural de regras mais duras para aposentadoria.
A PEC (Proposta de
Emenda à Constituição) da reforma enviada pelo governo prevê a cobrança de
contribuição para a Previdência sobre as vendas para o
exterior. Atualmente, a exportação da produção rural é isenta.
Se o benefício
fosse extinto, entrariam R$ 7 bilhões por ano no caixa do INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social), cujo rombo foi de R$ 195 bilhões no ano
passado. Ou seja, R$ 70 bilhões em dez anos.
Grupo mais
influente no Congresso, a bancada ruralista questiona esse aumento de custo para
o produtor agropecuário e também rejeita o aumento da idade mínima para
trabalhadoras do campo.
O relator da
proposta, Samuel Moreira (PSDB-SP), se reuniu nesta quinta-feira (6) com o
líder da bancada ruralista, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), e com o secretário
especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho.
Diante da
resistência da bancada, que tem cerca de 270 membros, os pedidos dos
parlamentares estão em análise pela equipe que trabalha na elaboração do
relatório. A decisão vai depender do impacto na economia prevista com a
reforma.
Como a ideia é
tentar aprovar uma reforma robusta, a versão final do relatório depende também
de outras mudanças na proposta do governo que estão em estudo, como na regra de
transição para a idade mínima de aposentadoria.
FOLHA DE SÃO PAULO