Mesmo lucrativa, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) ainda
carrega "esqueletos" financeiros que precisariam ser equacionados num
provável processo de privatização, essencial para destravar a ajuda financeira
da União ao Rio de Janeiro. O mais recente balancete disponível no site da
Prece entidade fechada de previdência privada da empresa pública de
saneamento indica "déficit técnico acumulado" de R$ 166,8 milhões
em novembro do ano passado.
Para o presidente da Associação Brasileira das Entidades
Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Luís Ricardo Marcondes Martins,
um déficit a ser equalizado terá "evidentemente" impacto no preço da
venda da Cedae. Na década de 90, o setor elétrico passou por situação parecida
no Estado de São Paulo, recorda ele. "Em todos os editais em São Paulo
envolvendo a privatização das companhias energéticas havia a previsão de
assegurar a continuidade do plano de previdência", lembra Martins, citando
o exemplo da Fundação Cesp, ligada à Companhia Energética de São Paulo
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