Mercado se anima
com Previdência, mas já aposta na reforma tributária. Funcionários do BNDES
também comemoram recuo de por recursos do PIS/Pasep para reduzir o rombo
previdenciário.
No calor da nova versão do relatório da Previdência apresentado
nesta terça (2), as primeiras impressões de executivos mais
cautelosos foram as de que o mercado vai ter alguma euforia, similar ao que
ocorreu após a eleição de Bolsonaro. Mas o efeito financeiro final pode
ser muito diferente do estimado.
A avaliação é que
tudo se encaminha para que o Congresso leve o mérito da reforma da
Previdência, mas se a economia não decolar, ainda será possível apostar as
poucas fichas que restam na tributária.
O relator do texto
da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), deixou estados e municípios
fora de seu relatório na comissão especial da Câmara. O texto agora irá à
votação na comissão especial.
A previsão é de
que seja votado nesta quarta-feira (3) ou quinta (4), a depender das
articulações entre os deputados.
Funcionários do
BNDES comemoraram o recuo do relator da ideia de destinar recursos do
PIS/Pasep, que hoje são usados pelo banco, para reduzir o rombo da Previdência
Social.
“Teria sido um
golpe fatal na instituição e no investimento no Brasil”, disse Arthur Koblitz,
vice-presidente da AFBNDES.
A indústria também
se animou. Investidores receberam com prudência.
“Investidores
externos já tomaram posições aqui, talvez não iguais às que teriam se as
reformas já passassem. Agora, vão retirar a posição se elas não ocorrerem ou se
perderem velocidade? Não vão", diz Carlos
Takahashi presidente-executivo da BlackRock no Brasil.
FOLHA DE SÃO PAULO