Pedidos de seguro-desemprego caem 10,6% em setembro
Dado
acumulado do ano, no entanto, ainda é 5,7% mais alto do que no mesmo período de
2019.
O número de pedidos de seguro-desemprego em setembro foi
de 466 mil, uma queda de 10,6% em relação ao mesmo mês de 2019, informou o
Ministério da Economia nesta quinta-feira (8).
O resultado ainda não compensa perdas registradas
nos meses mais agudos da pandemia do novo coronavírus.
No acumulado dos
primeiros nove meses do ano, o total de requerimentos ficou em 5,5 milhões, patamar
5,7% mais alto do que o mesmo período do ano passado.
Os dados indicam que, após forte aumento dos
pedidos, houve um processo de desaceleração, seguido de estabilidade.
As solicitações do benefício, pago a pessoas que
perderam o emprego, começaram a subir em março, após o início das medidas de
isolamento social e fechamento do comércio nas cidades por conta do coronavírus
O pico dos pedidos foi observado em maio. Depois o dado
desacelerou. A partir de julho, os requerimentos começaram a apresentar volume
menor do que o registrado nos mesmos meses do ano passado.
O seguro-desemprego é uma assistência
financeira temporária paga pelo governo a trabalhadores dispensados sem justa
causa.
O valor do benefício varia de R$ 1.045 a R$ 1.813,03.
A pessoa demitida tem quatro meses de prazo
para requerer o auxílio no Sine, no portal “gov.br” ou no aplicativo de celular
“Carteira de Trabalho Digital”.
Membros do governo afirmam que a medida colocada em
vigor em abril que permite corte de jornadas e salários surtiu
efeito. Sem ela, dizem, o número de demissões durante a crise seria muito
maior.
O programa autoriza empresas a fazerem acordos com
seus funcionários para suspender temporariamente contratos ou reduzir jornadas
e salários.
Nesses casos, o governo entra com uma compensação em dinheiro para
os trabalhadores atingidos.
FOLHA DE SÃO PAULO