Como no caso de
artigos aparentemente de grife oferecidos nas ruas de São Paulo, medicamentos
falsificados podem ser também oferecidos na internet. Nas duas situações os
preços são muito abaixo do valor dos originais e deveriam chamar a atenção dos
consumidores –e gerar desconfiança.
Para as bolsas
falsificadas, o prejuízo reside na baixa qualidade do produto e no fato de a
pessoa sentir-se iludida. Em relação aos remédios, o dano pode ser fatal. Foi o
que ocorreu, há alguns anos, no Paquistão, com a morte de 107 pacientes por
reações adversas observadas em mais de 450 doentes.
Os comprimidos do
medicamento falsificado, vendido como se fosse para insuficiência coronária
(isossorbida), continham pirimetamina, um remédio para malária com quantidade
tão exagerada que essa superdosagem resultou letal para 107 cardíacos
paquistaneses.
A Organização
Mundial da Saúde, em comunicado, menciona que desde 2013 recebeu 1.500
relatórios sobre remédios falsificados, 21% deles relacionados à região das
Américas. Ela recomenda cuidados na internet com a propaganda por spams, com
websites que não oferecem endereço físico e aqueles que oferecem remédios que
não necessitam de receita médica.
A OMS destaca que
em cada dez produtos médicos em países de baixa ou média renda, um está abaixo
do padrão ou é falsificado. Os remédios falsificados podem não conter o
ingrediente ativo, podem ter o ingrediente ativo errado ou até mesmo a
quantidade errada do ingrediente ativo correto
Fonte: Júlio Abramczyk – médico do Hospital
Santa Catarina; coluna jornal FSP.
coluna jornal FSP.