As incertezas eleitorais
colocaram os investidores na defensiva nesta quinta-feira, 13. Com isso, o
dólar voltou a subir e a Bolsa a cair. O dólar à vista fechou o dia em R$
4,1998 – alta de 1,17% –, em meio a preocupações com o cenário eleitoral e a
situação na Argentina, de acordo com operadores de câmbio.
A moeda americana, assim,
alcançou a maior cotação de fechamento desde a criação do Plano Real. Antes
disso, o maior valor nominal havia sido atingido em 21 de janeiro de 2016,
quando o dólar terminou o dia vendido a R$ 4,1720. Ainda assim, em termos
reais, o dólar está longe do patamar de 2002, quando chegou a ser negociado na
casa dos R$ 7, valor corrigido pela inflação brasileira e americana do período.
O dólar continua disparando no
país vizinho e é negociado perto dos 40 pesos, em alta de 3,67%. O peso e o
real estão entre as únicas moedas descoladas do comportamento de emergentes
hoje ante a moeda norte-americana, que recua entre vários destes mercados.
No cenário político, os
profissionais destacam que o clima é de cautela, com os investidores aguardando
a nova pesquisa do Datafolha, que sai nesta sexta-feira, e monitorando os rumos
da campanha de Jair Bolsonaro (PSL). O mercado segue monitorando o quadro
médico do candidato do PSL à Presidência, Jair Messias Bolsonaro, líder na
corrida para o Planalto.
Bolsonaro voltou à Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein nesta quinta-feira depois
de passar por uma nova cirurgia de emergência em razão de uma obstrução
intestinal.
De acordo com novo boletim
médico, divulgado pelo hospital nesta manhã, o candidato “evoluiu bem” após a
cirurgia, feita na noite de quarta-feira (12). Além disso, segundo os médicos,
“constatou-se um extravasamento de secreção entérica (secreção intestinal). A
limpeza abdominal foi realizada como feito rotineiramente. O procedimento teve
duração de duas horas.”
O Ibovespa, que chegou a tocar
o cenário positivo no início da tarde, consolidou queda e fechou o dia com
queda de 0,63%, a 74.653 pontos.
DINHEIRAMA