Nove em cada dez vítimas de golpes financeiros são
homens.
Criptomoeda
é produto mais citado nas fraudes, muito difundidas por app de mensagens.
Nove em cada dez vítimas de golpes financeiros são homens,
aponta levantamento do Centro de Estudos Comportamentais e Pesquisas da CVM
(Comissão de Valores Mobiliários) divulgado nesta quinta-feira (15).
O público que cai nesse tipo de golpe é composto,
em geral, por homens (91% dos entrevistados), com idade entre 30 e 39 anos
(36,5%), pós-graduados (38%) e com renda familiar mensal entre dois e cinco
salários mínimos (23%).
As criptomoedas aparecem como o produto de investimento mais citado pelas
vítimas de golpes financeiros, sendo mencionadas por 43,3% dos respondentes.
Em
seguida, aparecem os demais mercados, como Forex (29,8%), opções binárias
(16,9%) e ações (15,2%).
Forex, também chamado de FX, é uma abreviação para
Foreign Exchange Market (mercado de câmbio), e funciona por meio da negociação
de moedas estrangeiras.
O lucro é obtido pela diferença das cotações das
moedas.
Opções binárias, também conhecidas pelo mercado
como opções digitais ou opções de retorno fixo, são feitas a partir da aposta
de uma variação de baixa ou de alta de um determinado ativo, na tentativa de
prever o comportamento de preços.
Ainda segundo o levantamento da CVM, o meio de divulgação mais citado para
fraude foi o WhatsApp, com 27,5% das menções, seguido pela divulgação boca a
boca (19,7%) e por emails e ligações telefônicas (12,4% cada).
Ainda segundo a pesquisa, um quarto das vítimas
(22,5%) perdeu entre R$ 10 mil e R$ 50 mil (22,5%) para os golpistas.
Outros
21,3% perderam entre R$ 1.000,01 e R$ 5.000,01 (21,3%). Os valores perdidos
variam de R$ 100 a R$ 100 mil.
Pelo menos metade das vítimas afirmaram conhecer o
fraudador de alguma forma, seja pessoalmente (28,1%) ou como um conhecido da
família ou alguém da mídia (21,9%).
Quando questionados sobre quais aspectos
contribuíram para que tivessem caído no golpe, as respostas mais frequentes
foram:
- a aparência do site
transmitindo confiança (39,9%),
- outros familiares/amigos
já haviam feito o investimento (38,8%),
- bom atendimento por parte
dos profissionais (35,4%),
- pequeno investimento
exigido (30,9%) e
- desconhecimento da
modalidade do golpe (24,7%).
A pesquisa ouviu 1.002 pessoas.
Dessas, 178
afirmaram ser vítimas de fraudes financeiras, ou, após marcarem não ter
certeza, indicaram terem caído em golpes em outras respostas
FOLHA DE SÃO PAULO