O Planejamento
Estratégico da Gestão 2017-2019 ganhou um reforço ontem, quando integrantes
das diretorias da Abrapp, ICSS, Sindapp e UniAbrapp e profissionais
especialistas se reuniram para um amplo alinhamento de informações quanto às
ações em curso. Foi uma oportunidade para que todos pudessem saber mais
acerca do estágio atual em que cada item planejado se encontra, o que ainda
falta avançar e o que cada um tem condições de fazer em favor dos objetivos
para os quais pode melhor contribuir.
Pouco
mais de meio ano após ter sido desenhado, o planejamento estratégico pedia esse
alinhamento, disse acreditar, ao abrir o evento, o Presidente da Abrapp, Luis
Ricardo Marcondes Martins, de modo a permitir que todos os envolvidos possam
participar e contribuir para que se alcance o que foi planejado. Ou seja,
o compartilhamento de informações gerando o desejo de somar, mesmo porque há
várias ações nas quais diferentes atores podem interagir. Participaram
diretores e profissionais especialistas, sendo vários dos esclarecimentos
oferecidos pelos presidentes Luis Ricardo Marcondes Martins (Abrapp), Vitor
Paulo Camargo Gonçalves (ICSS) e Luiz Paulo Brasizza (UniAbrapp), o diretor
responsável na Abrapp pelo tema planejamento estratégico, Luiz Carlos Cotta, o
diretor do Sindapp e Coordenador da Comissão de Autorregulação, José Luiz
Rauen, e o superintendente-geral, Devanir Silva.
Obra
coletiva - Exatamente por ser uma obra coletiva, em favor da qual todos
devem interagir e contribuir, o planejamento estratégico deverá
ganhar um hotsite para facilitar o acompanhamento, pelos vários atores
nele interessados, do andamento das muitas ações que se desenvolvem
simultaneamente. Será um instrumento para permitir o desejável
compartilhamento.
O
Superintendente-geral, Devanir Silva, fez uma ampla exposição inicial, começando
por apontar as metas aspiracionais perseguidas, que são colocar a previdência
complementar fechada na pauta da reforma da previdência atual ou das aguardadas
mudanças estruturais, definir o novo modelo de previdência complementar e criar
seus produtos e romper com o atual padrão e, por fim, ampliar a cobertura dos
planos fechados de previdência complementar para 5% da PEA. Elencou, em
seguida, os objetivos estratégicos buscados, iniciando por reposicionar a
previdência fechada no modelo previdenciário brasileiro, buscar o sinergismo
com entidades de mercado, fortalecer os laços com a comunidade
internacional, tornar a sociedade e o governo protagonistas, valorizar a
previdência fechada aos olhos das patrocinadoras e de todos os demais atores interessados
no sistema, desenvolver uma nova comunicação (novos canais e linguagens para
atingir os mais jovens), buscar o aperfeiçoamento regulatório interagindo com
os órgãos competentes, investir em comunicação na busca de uma sempre melhor
imagem, lutar pela desburocratização e simplificação da legislação,
operacionalizar o Plano Nacional de Fomento da Poupança Previdenciária,
sensibilizar o governo para que as reformas trabalhista e tributária tragam o
fomento do sistema, atuar para obter-se incentivos fiscais para participantes e
patrocinadoras, revitalizar a governança das entidades por meio especialmente
da qualificação de pessoas e processos, fortalecer a autorregulação como
mecanismo de aferição dos processos de certificação (isso acompanhado da
criação de novos códigos e a concessão de selos), ampliar os instrumentos de
defesa do ato regular de gestão, buscar soluções que agreguem valor ao quadro
associativo (atuando na independência das instituições em relação às
contribuições associativas), fortalecer o engajamento associativo por meio da
comunicação e de ações de relacionamento e, por fim, recriar o ambiente de
contribuição técnica por parte de especialistas (notadamente aqueles vinculados
às associadas e que possam contribuir para o desenvolvimento de novos produtos,
em meio a uma integração dinâmica desses profissionais). Ao final de sua
exposição, Devanir Silva chamou a atenção para campanhas que de certo modo são
os frutos aos quais se quer chegar com todo esse esforço voltado para o
fomento do sistema: “A Nova Previdência para o Novo Trabalhador”, em um
renovado empenho de difusão do novo que se quer criar e “Educar para Crescer”,
criando-se com isso uma nova consciência e cultura.
Na
sequência, o diretor responsável na Abrapp pelo tema planejamento estratégico,
Luiz Carlos Cotta, expôs os vários projetos e as fases em que se encontram. O
“Previdência Complementar para Todos”, por exemplo, já foi um dos temas
tratados com atenção nos encontros regionais, está no tema-central do 38º
Congresso Brasileiro da Previdência Complementar Fechada, figura com força nas
agendas das diretorias e aparecerá com destaque no lançamento, em outubro
próximo, do fórum em defesa do fomento da poupança previdenciária. Já o projeto
“Plano de Fomento” produziu um estudo do IBRE-FGV que mensurou os impactos
fiscais e macroeconômicos caso a previdência complementar fechada fosse
adequadamente fomentada, tendo concluído ser mínima a renúnicia fiscal e
expressivos os ganhos macroeconômicos nesse caso. Por sua vez, o projeto “Simples
Previdenciário”, com foco na desoneração e desburocratização, faz com que a
Abrapp coloque como uma de suas prioridades no momento no CNPC a
aprovação do PGA por entidade e CNPJ por plano, a criação e trabalhos já em
andamento do GT da Desburocratizão para formulação de propostas e articulação
com a Previc e Comissão Ad Hoc de Transferência de Gestão para subsidiar o
posicionamento da Abrapp.
Conscientização
- Quanto ao projeto visando instituir o “Dia Nacional da
Conscientização Previdenciária”, na reunião dessa próprio terça-feira (15) o
advogado Luis Fernando Brum e a assessora parlamentar, Tarciana Xavier,
foram convidados a participar das ações que se desenvolvem na direção de
sensibilizar parlamentares para esse fim. Por sua vez, o “Governança em Alta”
passou dias atrás por uma bem sucedida consulta ao quadro associativo, que
ofereceu um expressivo número de sugestões de alterações visando o
aperfeiçoamento das leis complementares 109 e 108 e que, devidamente
consolidadas pela Abrapp, já seguiram para a Previc. Ao mesmo tempo, uma
empresa foi contratada para desenhar o processo de concessão de selo
(autorregulação) e avança em seu trabalho, em um esforço que também envolve
comissões técnicas nacionais e regionais.
Informações
também foram passadas quanto ao projeto de “Ato de Gestão Valorizado”,
envolvendo a participação nas reuniões da CRPC e ações de conscientização do
dever fiduciário, como a realização em novembro próximo do seminário
“Ética e Boas Práticas de Governança no Fortalecimento da Confiança” e a
campanha permanente em favor da adesão ao “Código de Princípios Éticos e de
Condutas”.
No caso
do projeto “Novas Fronteiras da Certificação”, falou-se não só do apoio que vem
sendo dado à elaboração do processo de concessão do selo (autorregulação), mas
principalmente de um crescente grau de exigências (elevação da barra para os
candidatos). No que diz respeito ao projeto “UniAbrapp para Todos”, foi
informado que a programação de cursos para 2018 deverá ser lançada mais cedo,
já em outubro deste ano, para assim facilitar que as entidades se programem.
Também foi anunciado o propósito de lançamento de novas trilhas e realização de
um seminário internacional, além de um acordo com o CIEE- Centro de Integração
Empresa-Escola, com o intuito do oferecimento de educação previdenciária aos
jovens.
O projeto “Conecta- Soluções Associativas”, rendeu a informação
nessa terça (15) de que a empresa esta praticamente já operando, isto
significando que o espaço que ela administra para locação no WTC-SP, em uma das
melhores regiões da cidade para eventos corporativos, está disponível. Já foram
levados ao CNPC a figura do fundo setorial e a extensão da participação nos
planos aos dependentes até o 3º grau, enquanto projetos como o da
“Revitalização do Celeiro de Ideias” caminha no sentido de uma crescente
valorização do trabalho no âmbito das regionais, devendo culminar na
apresentação de proposta de novo modelo de funcionamento das comissões técnicas
para exame pela Diretoria da Abrapp.
Diário da Previdência Complementar Fechada