Renda média atinge menor nível em quase 10 anos nas
metrópoles do Brasil.
Quadro reflete
desempenho frágil do mercado de trabalho, dizem pesquisadores.
Em um contexto
de fragilidade no mercado de trabalho, a renda média nas regiões metropolitanas do
Brasil voltou a recuar e atingiu o menor nível desde o começo de 2012.
É o que
aponta a quinta edição do boletim Desigualdade nas Metrópoles.
No segundo
trimestre de 2021, a renda domiciliar per capita do trabalho foi estimada em R$
1.326 nas regiões metropolitanas, uma baixa de 0,1% em relação aos três meses
anteriores.
Um valor inferior a
esse só foi verificado no começo da série histórica do estudo, no primeiro
trimestre de 2012: R$ 1.323.
O boletim utiliza
microdados da pesquisa Pnad Contínua, do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística).
A renda domiciliar per capita corresponde
ao rendimento total do trabalho dividido pela quantidade de pessoas em cada
residência.
Os números levam em
conta a inflação e refletem apenas os ganhos com
atividades profissionais.
Ou seja, recursos de benefícios sociais, como auxílio
emergencial e aposentadorias, não entram no cálculo.
O estudo é
produzido em parceria entre PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul), Observatório das Metrópoles e RedODSAL (Observatório da Dívida
Social na América Latina).
Na visão dos responsáveis pela pesquisa, os
dados deixam claro que a atividade econômica e o mercado de trabalho
ainda não ganharam a tração desejada nas regiões metropolitanas.
O segundo trimestre
de 2021 foi o sexto consecutivo de queda na média de rendimentos.
FOLHA DE SÃO PAULO