“Os dois
Códigos são importantes para o Sistema”. É assim que a Presidente do Sindapp,
Nélia Pozzi, destaca a relevância de as entidades levarem para discussão em
seus colegiados internos o Código de Autorregulação em Governança dos
Investimentos e o Código de Princípios Éticos e Condutas para o Regime
Fechado de Previdência Complementar.
O momento
é de análise dos documentos por parte das associadas, diz Nélia, referindo-se à
etapa seguinte aos lançamentos realizados no 37º Congresso Brasileiro de Fundos
de Pensão.
Agora as
entidades estão recolhidas a seus ambientes internos, observa a Presidente do
Sindapp, para discutir e avaliar a aderência de seus procedimentos aos códigos
propostos, “para aí sim, de forma voluntária, consciente e criteriosa
manifestarem a sua adesão”.
A adesão
aos Códigos é voluntária e gratuita.
“Acreditamos
que a adesão voluntária é melhor do que a obrigatória, pois ela pressupõe uma
reflexão mais aprofundada e um comprometimento muito maior da entidade”,
completa a dirigente, destacando que essa foi a intenção ao se definir esse
princípio, confirmado pelas associadas nas assembleias de aprovação dos
documentos.
Importância
da adesão – Não se pode pressupor um Sistema que sobreviva e cresça
sem ter, claramente, a presença dos princípios éticos, afirma Nélia, reforçando
a importância da adesão das associadas ao Código de Princípios Éticos e
Condutas para o Regime Fechado de Previdência Complementar.
“A ética
é fator sine qua non para a confiabilidade, a credibilidade e tudo que há por
trás do fomento”, ressalta Nélia.
O Código
de Autorregulação em Governança dos Investimentos, por sua vez, representa
avanço em um ponto extremamente delicado e nevrálgico para o Sistema. “Sabemos
que a maior parte das autuações acontece dentro do contexto das decisões de
investimentos”, observa Nélia, que hoje integra a representação das entidades
no CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar), juntamente com o
Presidente da Abrapp, José Ribeiro Pena Neto. E anteriormente participou da
CRPC (Câmara de Recursos da Previdência Complementar) – instância recursal e de
julgamento das decisões da Previc.
Apoio da
Previc - Nélia ressalta que o órgão de fiscalização apoia o primeiro
código de autorregulação, tendo inclusive participado de sua elaboração
ativamente. “O código é oportuno e deixamos claro ali (todos os agentes
envolvidos em sua construção) o que entendemos ser essencial para uma boa
governança e a boa qualidade dos processos decisórios de uma fundação”.
Outra
importante manifestação nesse sentido aconteceu no 37º Congresso Brasileiro de
Fundos de Pensão. Na última plenária do evento, a Previc trouxe a sua palavra
no sentido de que a adesão das entidades ao Código e a obtenção do selo de
autorregulação serão bem vistas pelo órgão de fiscalização ao analisar questões
de risco, dentro da metodologia da Supervisão Baseada em Riscos adotada pela
autarquia.
“Ficou claro que a Previc
vai enxergar a adesão como fator positivo de mitigação de risco, no processo
decisório de investimentos, e favorável à classificação da entidade na SBR”,
pontua a líder do Sindapp.
Diário dos Fundos de Pensão