Editorial
de ontem do jornal FSP, aponta que o protecionismo comercial e tributário
devem dar lugar a abertura com melhor ambiente de negócios.
Um dos indicadores
mais eloquentes do insucesso do Brasil em enriquecer e lidar com suas mazelas
sociais é a estagnação da produtividade —a capacidade de produção e geração de
renda por trabalhador— nos últimos quase 40 anos.
Resultado de
educação deficiente, protecionismo comercial, entraves burocráticos,
infraestrutura depauperada e incentivos inadequados, essa letargia se traduz em
crescimento econômico baixo e interrompido amiúde por crises.
Se em décadas como
as de 1950 e 1970 o país conseguiu mais que duplicar seu Produto Interno Bruto (PIB),
a taxa de expansão dos últimos dez anos deverá atingir ridículos 12% ao fim
deste 2018. A renda per capita nacional, que chegava a 38% da norte-americana
em 1980, decresceu para 26%.
# Como acelerar o crescimento*
- Promover abertura comercial, com redução de tarifas de importação
- Tornar o Mercosul zona de livre-comércio, em vez de união aduaneira
- Simplificar o sistema tributário, com eliminação de regimes especiais
- Ampliar o crédito facilitando a recuperação de garantias
- Reduzir burocracia para abertura e fechamento de empresas
- Priorizar a qualidade da educação pública básica
*Previsão Fontes:
IBGE, Ipea e Banco Central
FOLHA DE SÃO PAULO