O atual ciclo de corte de juros, iniciado
em julho sob a tutela de Roberto Campos Neto no Banco Central, está caminhando
para a reta final.
A grande maioria dos analistas ainda prevê queda de 0,50
ponto percentual da Selic, para 4,5%, na decisão do Comitê de Política
Monetária (Copom) na próxima quarta-feira, conforme sinalizado pela instituição
desde outubro.
Mas os indícios mais claros de retomada da
atividade e alguns choques na inflação tendem a justificar um discurso mais
conservador da autoridade monetária sobre seus próximos passos, indicando
movimentos apenas residuais para 2020.
Em pesquisa conduzida pelo Valor Data com 75
profissionais de mercado, prevalece o consenso formado por 72 instituições de
que a taxa básica de juros cairá em dezembro de 5% para 4,5% ao ano.
Arnaldo Curvello, sócio-diretor e
gestor da Ativa Investimentos nota que diante da queda dos juros o investidor
deve ter como uma de suas opções a alocação em crédito privado.
Fazendo uma análise mais profunda e aproveitando
o momento de mercado com juros reais líquidos (CDI menos inflação menos
impostos) próximos de zero, seria uma carteira pulverizada de crédito privado a
alternativa menos arriscada para uma migração da parcela dos investimentos que
antes concentravam-se em renda fixa?
Entendemos que sim.
Além da pulverização em estratégias, é
fundamental uma gestão que também se preocupe em não concentrar os recursos em
um setor específico da economia, mesmo que em ativos e estratégias diferentes.
VALOR ECONÔMICO