Bolsa cai 1,07% com tensões fiscais e políticas e ambiente
internacional.
A Bolsa de Valores brasileira
encerrou em queda de 1,07% nesta quarta-feira (18), aos 116.642 pontos.
O
movimento veio na esteira dos mercados internacionais que caíram após a
divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve
(Fed, o banco central americano) sinalizar que acreditam que o patamar de
desemprego para que o suporte à economia seja reduzido pode ser atingido neste
ano.
Ainda pesaram no Ibovespa, o
principal índice acionário brasileiro, as questões políticas e fiscais do
ambiente doméstico.
As ações da Vale, que acompanharam o declínio do minério de
ferro na China, também contribuíram para a queda do Ibovespa e encerraram a
sessão com recuo de 4,66%, a R$ 102,01.
Na semana, a Bolsa acumula
perdas de 3,75%.
O volume financeiro no pregão somou R$ 67,1 bilhões, turbinado
por operações ligadas aos vencimentos de opções sobre Ibovespa e do índice
futuro.
Por
aqui, os investidores seguem preocupados com os problemas fiscais e políticos
do Brasil.
A
falta de avanço na segunda etapa da reforma tributária, com novo adiamento da
votação das mudança pela Câmara dos Deputados, é um dos componentes que têm
causado desconforto, por exemplo.
No
câmbio, o dólar registrou alta de 2,05%, a R$ 5,3750, refletindo uma forte
aversão a risco fiscal no Brasil.
O ambiente causou um terremoto no mercado de
juros futuros, em que as taxas chegaram ao fim da tarde em disparada de mais de
40 pontos-base.
O
medo relacionado às contas públicas seguiu como a principal dor de cabeça para
investidores, entre os quais há crescente sensação de que o governo está mais
fraco e cada vez mais enviesado para medidas populistas, o que é lido na
comunidade financeira como um sinal forte de pressão mais e mais intensa por
aumento de gastos –a pouco mais de um ano da eleição presidencial.
REUTERS