Google é alvo de processos nos EUA por coletar
dados sem autorização.
'Vamos
nos defender vigorosamente e restaurar a verdade', diz porta-voz da empresa.
Promotores de vários estados dos Estados Unidos denunciaram o Google nesta segunda-feira (24), por
suposta coleta de dados de geolocalização de usuários da internet, mesmo quando
expressamente desautorizada, algo que a empresa nega.
O grupo oferece aos usuários do sistema operacional
Android ou proprietários de um iPhone com uma conta do Google que ativem
a opção de impedir a coleta de dados de geolocalização.
De acordo com
o documento apresentado nesta segunda-feira (24) por procuradores da capital
federal Washington e dos estados de Indiana, Texas e Washington, mesmo quando
essa opção foi ativada "o Google continuou a coletar e armazenar"
dados sobre a localização dos usuários.
Os dados vieram da atividade na internet, uso de aplicativos, além de interações wi-fi e
Bluetooth.
Essa incoerência entre as funções oferecidas e seus
efeitos no uso de dados de geolocalização foi tornada pública em 2018 pela
agência de notícias Associated Press.
O relatório publicado pela AP chamou a
atenção de procuradores de vários estados, que iniciaram suas próprias
investigações.
Segundo os promotores, o período compreende de 2014
a pelo menos 2019. Cada um tomou medidas legais separadamente em seu estado e
pede aos juízes que proíbam essa prática.
Eles também solicitam o ressarcimento
das receitas geradas pela coleta e uso destes dados, além de multas, de valor
não especificado.
O Google tem sido objeto de vários processos nos
últimos anos.
Em julho, 36 estados e o promotor público da capital, Washington,
processaram a subsidiária Alphabet por supostas práticas
anticompetitivas relacionadas à sua loja de aplicativos Google Play.
Dois outros processos estão em andamento nos
Estados Unidos relacionados à posição dominante do buscador Google, e um
terceiro à tecnologia utilizada na publicidade.
FOLHA DE SÃO PAULO