CVM


Processo para apurar denúncia do Itaú contra ex-diretor.

Banco acusa executivo de violar políticas internas e conflito de interesses

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu nesta segunda-feira (9) processo administrativo para apurar a divulgação de denúncia do Itaú contra seu ex-diretor financeiro Alexsandro Broedel por violação de políticas internas e conflito de interesses.

A autarquia não dá informações sobre o processo, que foi aberto por sua gerência de acompanhamento de empresas com base na supervisão de notícias, fatos relevantes e comunicados. O Itaú não quis comentar o assunto.

Os processos administrativos da CVM são procedimentos preliminares que envolvem a busca de informações sobre determinado caso para definir pela acusação ou não de empresas ou executivos do mercado.

As primeiras informações sobre o caso foram reveladas em reportagem do jornal "Valor Econômico", com base numa ata de assembleia geral extraordinária publicada pelo banco na madrugada de sábado (7).

Segundo a ata, a conduta do ex-diretor foi alvo de apurações internas concluídas no dia 24 de novembro

O banco acusa Broedel de ter recebido recursos por meio de uma participação em pagamentos feitos a Eliseu Martins, reconhecido como um dos maiores contadores do país e fornecedor de pareceres para o banco.

Alexsandro Broedel, que em julho pediu demissão do banco para assumir um cargo no Santander na Espanha, afirma que acusações são infundadas e que tomará medidas judiciais. Martins também diz que vai acionar o Itaú por tentar atingir seu nome e o de sua família.

O Itaú protocolou na Justiça protesto para reaver os recursos. Nesse documento, diz que Broedel se desligou do banco no dia 5 de julho, mas permaneceu vinculado à instituição, como administrador licenciado, seguindo a política de desincompatibilização prevista.



FOLHA DE SÃO PAULO
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