Notícia coloca
a poupança previdenciária alternativa capaz de conduzir ao fomento da
economia e modernização da infraestrutura: A participação das
emissões de títulos de dívida no financiamento de projetos cresceu significativamente
no primeiro semestre, passando a responder por cerca de 29% das operações, ou
US$ 2,2 bilhões do volume total de US$ 7,683 bilhões. Em 2017, essa fatia era
de quase 5%, segundo dados da Dealogic.
As debêntures de
infraestrutura concentraram as captações no mercado de capitais. No período,
somaram R$ 9,611 bilhões, acima dos R$ 9,083 bilhões de todo 2017, segundo
dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de
Capitais (Anbima). O movimento é uma resposta à retração do BNDES nos últimos
anos e, principalmente, ao custo mais atrativo do mercado de capitais. A queda
da taxa Selic para 6,5% ao ano e a substituição da Taxa de Juros de Longo Prazo
(TJLP) pela TLP (Taxa de Longo Prazo) nos financiamentos de projetos de infraestrutura
pelo banco de desenvolvimento, que em junho estava em 6,84%, tornou as
captações no mercado mais competitivas.
Segundo Marcelo
Girão, chefe de project finance do Itaú BBA, em termos de custo o BNDES ainda é
mais competitivo, mas a operação no mercado de capitais pode ser mais
interessante para financiar alguns projetos ao oferecer maior flexibilidade de
amortização e liberação do uso do caixa. Além disso, diz, algumas empresas
podem optar por não tomar todos os recursos de um só vez, fazendo uma captação
menor para depois buscar um refinanciamento da dívida.
No setor de
infraestrutura, o BNDES ainda tem ampliado a atuação via mercado de capitais -
anunciou um aporte de R$ 5 bilhões em fundos de infraestrutura. O banco também
tem entrado como investidor em algumas emissões de debêntures de
infraestrutura.
Em outra notícia, mas
basicamente sobre igual assunto, o mesmo jornal informa que enquanto o BNDES
reduziu os desembolsos para o financiamento de projetos de infraestrutura, os
organismos multilaterais têm ampliado a presença no segmento no Brasil. A
atuação vai da oferta de crédito à participação em emissões de dívida no
mercado. O Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar, que tem como acionista a
Atlantic Energias Renováveis, fez no fim de julho a primeira emissão de
debêntures que contou com a garantia do Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID), no valor de R$ 105 milhões.
VALOR ECONÔMICO