Economistas, banqueiros e empresários cobram
medidas efetivas contra a pandemia.
Mais de 500
assinaturas endossam carta que pede políticas públicas capazes de deter fase
explosiva de contágios e mortes.
Mais de 500
economistas, banqueiros e empresários do país assinaram e divulgaram, neste
domingo (21), uma carta aberta em que pedem medidas mais eficazes para o combate à pandemia do novo coronavírus.
Em um
texto com vários dados, o grupo chama a atenção para o atual momento crítico da
pandemia e de seus riscos para o país, e também detalha medidas que podem
contribuir para aliviar o que consideram um grave cenário.
A carta é a
primeira manifestação de peso de representantes da área econômica no atual pico
de contágios e mortes.
Nos últimos meses, alguns economistas e acadêmicos
começaram a fazer críticas pontuais sobre o combate à Covid-19, mas a maioria
não havia se posicionado publicamente até então.
Sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro (sem partido),
o documento afirma que a postura adotada por líderes políticos pode fazer
diferença tanto para o bem quanto para o mal e, dependendo, reforçar normas
antissociais, dificultar a adesão da população a comportamentos responsáveis,
ampliar o número de infectados e de mortes e aumentar os custos que o país
incorre.
O documento aponta que é falso o dilema entre salvar vidas e
garantir o sustento da população vulnerável e que dados preliminares de óbitos
e desempenho econômico sugerem que os países com pior desempenho econômico
tiveram mais mortes de Covid-19.
Entre as quatro medidas citadas na carta como indispensáveis
para o combate à pandemia, estão a aceleração do ritmo de vacinação, o
incentivo ao uso de máscaras –tanto com distribuição gratuita quanto com
orientação educativa–, a implementação de medidas de distanciamento social e a
criação de um mecanismo de coordenação do combate à pandemia em âmbito
nacional, orientado por uma comissão de cientistas e especialistas.
FOLHA DE SÃO PAULO