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Bancões e incertezas da CPI da COVID-19 puxam Bolsa para baixo

Ontem foi dia de realização de lucros. 

O Ibovespa fechou em queda, com ações de empresas pesadonas – as blue chips – em queda.

Quem acompanhou o Mexe com o Bolso de ontem (28) sabe que, neste dia, as ações dos bancos foram de vento em popa, carregando o principal índice da B3 para cima.

Já hoje, os investidores preferiram embolsar a grana que ganharam na véspera – movimento conhecido como realização de lucros. 

Entre as quedas ficaram Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Santander. 

Juntas, as ações das quatro instituições correspondem a 14,97% da carteira teórica do Ibovespa, explicando porque as derrapadas pesaram tanto no resultado do dia.

Além disso, outro peso-pesado, a Petrobras, também fechou a quinta-feira recuando, apesar da alta no preço do petróleo no exterior. 

Foi assim, cara leitora, que a Bolsa brasileira derrapou e descolou da festinha que rolou em índices como Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq. 

Eles renovaram suas máximas graças aos resultados positivos da Apple e do Facebook, que foram divulgados na véspera. 

Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre dos Estados Unidos superou novamente as expectativas dos especialistas, registrando crescimento de 6,4%. 

O que está rolando por aqui?

Já no Brasil, nem tudo – ou quase nada – são flores. O País quadruplicou o ritmo de mortes por coronavírus, atingindo nesta tarde a marca de 400 mil vidas perdidas – veja o infográfico ilustrando. 

É neste cenário que acontece a CPI da COVID-19, cujo objetivo é investigar possíveis negligências do governo federal no trato da pandemia. 

Na sessão de hoje foi decidido que serão convocados a depor os últimos três ex-ministros da saúde – Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello –, assim como o atual ocupante da cadeira, Marcelo Queiroga. O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, também foi chamado.

Saber hoje:

·         Conhecido como inflação do aluguel, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou em abril, registrando alta de 1,51%, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas. Em março, ele avançou 2,94%. 

·         Apesar da desaceleração, o resultado deste mês fez com que o índice passasse a acumular 9,89% no ano e de 32,02% em 12 meses.

O Brasil atingiu a assustadora e trágica marca de 400 mil mortos pelo novo coronavírus. 

 CPI da Covid aprovou os primeiros nomes a serem convocados: o atual e os ex-ministros da Saúde da gestão Bolsonaro, além do diretor-presidente da Anvisa. 

Na primeira sessão da comissão, bate-boca. O primeiro lote da vacina da Pfizer chegou ao país e agora será distribuído às capitais.

• 400 mil mortos pela Covid no país

O Brasil atingiu a assustadora marca de 400 mil mortos  pela Covid-19. O número, que reflete o fracasso no combate à pandemia, traz um dado ainda mais triste e revelador: o ritmo das mortes pela doença no país quadruplicou. Entre março e abril, foram 100 mil óbitos registrados em apenas 36 dias.

• CPI da Covid 

A CPI da Covid aprovou a convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e dos ex-ministros da pasta no governo Jair Bolsonaro: Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello. O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, também foi convocado.

• Vacinas

O primeiro lote de vacinas da Pfizer chegou ao Brasil durante a noite. O avião com 1 milhão de doses do imunizante pousou no aeroporto de Viracopos, em Campinas, com pouco mais de 20 minutos de atraso. O voo saiu da Bélgica e fez escala em Miami, nos Estados Unidos. Como as doses precisam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias, a distribuição será feita apenas às capitais.