Investidores abandonam ações e buscam dinheiro vivo
com medo de recessão.
Segundo
pesquisa do Bank of America, preocupação com crescimento econômico é a maior
desde crise de 2008.
Desde a crise financeira de 2008, investidores
nunca estiveram tão preocupados com as perspectivas de crescimento
global.
De acordo com uma pesquisa feita
pelo BofA (Bank of America) com gestores de fundo, eles aumentaram suas
reservas de dinheiro vivo para o maior patamar em dois anos.
A maioria dos investidores consultados entre 4 e 10
de março —que juntos administram cerca de US$ 1 trilhão (R$ 5,13 trilhões) em
ativos— espera um mercado baixista no mercado de ações em 2022, ou seja, uma queda de 20% ou mais dos ativos ante
seus picos recordes.
Os níveis de dinheiro em espécie entre os investidores subiram para quase 6%
de suas carteiras, enquanto as alocações em commodities subiram para um recorde
de 33%.
A exposição líquida dos hedge funds aos mercados de ações está em seu
nível mais baixo desde abril de 2020, de acordo com a pesquisa.
Segundo o banco de investimento, as posições mais
buscadas são as compradas em petróleo/commodities, seguido de ações de
tecnologia e ESG (ambiental, social e de governança, na sigla
em inglês).
Quase metade dos investidores consultados espera que o petróleo
produza os melhores retornos em 2022.
A edição europeia da pesquisa mensal com gestores
de fundos forneceu uma leitura sombria, com os investidores reduzindo suas
perspectivas de crescimento para a Europa em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Um total de 69% dos entrevistados espera que a
economia europeia enfraqueça no próximo ano, a maior proporção desde 2011.
A
diferença de 81 pontos percentuais em relação aos 12% de fevereiro que ainda
esperavam ver crescimento marca a maior queda mensal desde que os registros do
BoFA começaram, em 1994.
FOLHA DE SÃO PAULO