EFEITOS DA POBREZA



A pobreza impacta o cérebro,

Que impacta a linguagem,

Que impacta a leitura.

Os pesquisadores da Universidade de Columbia (NY) selecionaram crianças entre 5 e 9 anos de famílias de Nova York com diferentes níveis de renda familiar, e colocaram na roupa das crianças — com autorização das famílias, é claro — um minigravador capaz de registrar até 16 horas das conversas em casa.

Tratava-se de saber quanto os pais conversavam com as crianças, e, especialmente, quanto as crianças respondiam aos pais.

Além disso, as crianças foram ao laboratório para a aquisição de imagens de ressonância magnética de seus cérebros, com a finalidade de avaliar a estrutura das regiões relevantes para a linguagem e a leitura. 

Por fim, vários testes específicos foram aplicados para avaliar as habilidades de linguagem e de leitura dessas crianças. Os resultados comprovaram a hipótese.

As famílias pobres produziam menor oferta linguística às crianças. 

A intensidade das interações linguísticas mostrou correlação direta com a área ocupada pelas regiões do córtex cerebral que processam a linguagem, situadas nas regiões logo abaixo das têmporas, próximo à orelha.

Por sua vez, a menor área ocupada por essas regiões exibia robusta correlação com o desempenho insuficiente das crianças em linguagem e leitura.

Conclusões? O ambiente de pobreza causa uma cadeia de influências mediadas pelo cérebro das crianças, até o seu desempenho escolar. 

Exemplo típico de uma propriedade biológica chamada neuroplasticidade.

Sugestões e propostas?

Boas escolas podem maximizar a interação linguística entre crianças, e entre elas e os professores, sem necessariamente aguardar que as políticas econômicas e sociais consigam diminuir as desigualdades de renda.

Além disso, uma boa relação entre as escolas e as famílias pode orientar melhor os pais a aumentar a oferta linguística e cultural em casa: leitura de livros, escuta coletiva de áudios, diminuição do tempo de tela, são muitas as opções.

IBN – Instituto Brasileiro de Neuromarketing e Neuroeconomia




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