Apesar
da indefinição política, a reforma da Previdência é inevitável: o sistema atual
não se sustenta financeiramente, devido a fatores como o aumento da expectativa
de vida e a redução da taxa de natalidade.
Para
manter o mesmo padrão de vida após a aposentadoria, é preciso poupar desde
cedo, hábito que de uma parcela pequena da população.
Essas
afirmações foram consenso entre especialistas que participaram na quinta-feira
(28) do seminário Seguros, Previdência e Inovação, promovido
pela Folha.
O encontro,
que teve apoio da CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais,
Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização), aconteceu no
auditório do jornal, em São Paulo, e contou com a mediação dos jornalistas da Folha
Everton Lopes Batista e Joana Cunha.
“O
modelo atual não é sustentável. Isso significa que o cidadão vai precisar se
virar para formar uma reserva financeira e complementar a aposentadoria do
INSS”, afirmou Marcia Dessen, planejadora financeira pessoal e colunista do
jornal.
As
opiniões dos brasileiros sobre a reforma da Previdência são divididas. O modelo
foi considerado sustentável por 51% dos entrevistados em pesquisa da FenaPrevi
(Federação Nacional de Previdência Privada e Vida). Porém, 43% das pessoas
disseram que a reforma será necessária. Apenas 18% afirmaram ter interesse em
aderir a algum dos modelos de garantia de sustento no
futuro.
Para
o presidente da FenaPrevi, Edson Franco, as seguradoras precisam se preparar
para absorver boa parte da demanda que surgirá após a aprovação da reforma.