Uma
eventual reforma previdenciária que estabeleça idade mínima a partir de 65 anos
geraria um equilíbrio atuarial “mais ou menos” similar ao promovido pelo fator
previdenciário, na opinião de Solange Vieira, ex-chefe da secretaria de
previdência complementar do governo federal. Abaixo disso, haveria um desequilíbrio,
segundo a especialista. “Ca
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Os
aportes a planos abertos de caráter previdenciário (que incluem os PGBLs e os
VGBLs) somaram R$ 26,07 bilhões no terceiro trimestre de 2016, apresentando uma
evolução de 24,02% frente ao mesmo período do ano anterior, quando as
contribuições somaram R$ 21,02 bilhões, de acordo com dados do balanço da
FenaPrevi, entidade que representa 67 seguradoras e entidades abertas de previdência
complementar no país.
Este foi
o melhor trimestre de 2016. No primeiro, o crescimento foi ordem de 5,75%
frente a igual período do ano anterior. No segundo, a expansão foi 18,54%.
“Estamos assistimos a uma recuperação no volume de novos depósitos para
acumulação de recursos de longo prazo com foco na aposentadoria”, diz Edson
Franco, presidente da entidade.
A
captação líquida (diferença entre depósitos e resgates) apresentou um saldo
positivo de R$ 13,28 bilhões, resultado 46,26% superior aos R$ 9,08 bilhões
registrados entre julho e setembro de 2015.
Os planos
individuais foram os que mais receberam recursos no terceiro trimestre. No
total, foram investidos R$ 22,80 bilhões. Do volume de contribuições aos planos
individuais, R$ 467,95 milhões foram investidos em planos para menores. Já os
recursos destinados a planos empresariais somaram R$ 3,27 bilhões em
contribuições.
Na
análise por modalidade de plano, o VGBL (indicado para quem não tem como se
beneficiar da dedutibilidade fiscal prevista no formulário completo de
I.R.P.F.), recebeu contribuições de R$ 23,94 bilhões no mês. O PGBL (modalidade
de plano indicada para quem tem como se beneficiar da dedutibilidade prevista
no formulário completo de I.R.P.F.) registrou R$ 1,92 bilhões. Os planos tradicionais
de acumulação registraram R$ 212,71 milhões.
Já na
análise mensal, o total de aporte totalizou R$ 7,43 bilhões, apresentando uma
evolução de 13,96% frente ao mesmo mês do ano anterior, quando as contribuições
somaram R$ 6,52 bilhões. A captação líquida obteve saldo positivo de R$ 3,51
bilhões, valor 46,86% superior na comparação com a captação líquida de R$ 2,39
bilhões registrada em setembro de 2015.
Os planos
individuais foram os que mais receberam recursos em setembro. No total, foram
investidos R$ 6,44 bilhões. Do volume de contribuições aos planos individuais,
R$ 151,44 milhões foram investidos em planos para menores. Já os recursos
destinados a planos empresariais somaram R$ 989,46 milhões em contribuições.
De acordo
com o balanço da FenaPrevi, o VGBL recebeu contribuições de R$ 6,73 bilhões no
mês. Já o PGBL registrou R$ 631,50 milhões. Os planos tradicionais de
acumulação registraram R$ 68,17 milhões.
Segundo
dados do balanço da FenaPrevi, o sistema registrou 82.983 pessoas usufruindo
benefícios (aposentadorias, pecúlios, pensões, renda para menores e renda por
invalidez) pagos por planos abertos de caráter previdenciário em setembro de
2016. No mesmo mês, foram contabilizadas 12.603.254 pessoas com planos contratados.
Do total, 9.483.768 são pessoas com planos individuais e 3.119.486 pessoas com
planos empresariais.
Nos
primeiros nove meses do ano, os aportes acumularam R$ 78,04 bilhões,
apresentando uma evolução de 16,4% frente ao mesmo período do ano passado,
quando as contribuições somaram R$ 67,06 bilhões. A captação líquida apresentou
um saldo positivo de R$ 38,87 bilhões, representando crescimento de 18,4% em
comparação à captação líquida de R$ 32,83 bilhões registrada de janeiro a
setembro de 2015.
Os planos
individuais foram os que mais receberam recursos no período. No total, foram
investidos R$ 68,04 bilhões. Do volume de contribuições aos planos individuais,
R$ 1,43 bilhão foi investido em planos para menores. Os recursos destinados a
planos empresariais, por sua vez, totalizaram R$ 10,00 bilhões em contribuições
de janeiro a setembro de 2016.
O VGBL,
por sua vez, recebeu contribuições de R$ 71,72 bilhões no período. O PGBL
registrou R$ 5,69 bilhões. Já os planos tradicionais de acumulação registraram
R$ 627,05 milhões.
A opção
por planos de caráter previdenciário deve considerar e priorizar uma visão de
longo prazo, dada a tributação diferenciada para o poupador. No PGBL,
modalidade de plano indicada para quem declara o Imposto de Renda (IR) pelo formulário
completo, o poupador pode deduzir anualmente da base de cálculo do tributo, o
valor total das contribuições efetuadas a planos de previdência complementar,
durante o exercício social, até o limite de 12% da sua renda bruta, reduzindo o
imposto a pagar ou, até mesmo, podendo ter direito à restituição.
É o
chamado diferimento fiscal, ou seja, o pagamento do IR devido sobre esses
recursos, acrescidos dos rendimentos auferidos, é realizado apenas no momento
do resgate total ou parcial, ou do recebimento do benefício.
Para
usufruir da dedução, o participante da previdência complementar aberta tem de
estar contribuindo para a previdência oficial, inclusive no caso do titular,
com mais de 16 anos, ser dependente de quem faz a declaração.
Já no
VGBL, modalidade de plano indicada para quem declara o Imposto de Renda pelo
formulário simplificado, para quem se encontra na faixa de isenção do IR, ou
para quem já atingiu o limite de dedução previsto para a previdência
complementar (12% da renda bruta), não é possível deduzir da base de cálculo do
IR os valores dos aportes realizados ao plano. No entanto, no momento do
resgate ou do recebimento do benefício, o IR incide apenas sobre o valor dos
rendimentos auferidos, e não sobre o valor total do resgate ou do benefício
recebido, como ocorre no PGBL.
De acordo
com o presidente da FenaPrevi, é importante destacar que, para ambas as
modalidades de planos (PGBL e VGBL), não há cobrança do imposto de renda a cada
seis meses, sobre os rendimentos obtidos, como ocorre em alguns tipos de
aplicações.
Outra característica do PGBL e do VGBL é a
possiblidade do poupador optar pelo regime de alíquotas progressivas ou de
alíquotas regressivas do imposto de renda, significando, neste último caso,
que, quanto mais tempo os recursos permanecerem aplicados, menor será a
alíquota do Imposto de Renda incidente.
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