A Previdência
Social não deve se sustentar por muitos anos no Brasil, com ou sem
reforma, avalia o presidente do Conselho de Administração da seguradora
Mongeral Aegon, rebatizada como MAG Seguros, Nilton Molina.
Aos 84 anos de
idade, ele avalia que, em 15 anos, o país precisará migrar para um regime que
garanta apenas uma renda mínima para idosos e incapazes, bem diferente do
sistema de benefícios do INSS.
Bem antes disso, outras
mudanças devem ser feitas no sistema de aposentadorias e pensões, que acabou de
ser revisado, com a promulgação da reforma da Previdência, em
novembro de 2019. "Uma nova reforma deve acontecer daqui a três anos;
depois, uma nova daqui a seis anos.
Até chegar na previsão de que não vai mais
ter Previdência Social. Vai ter um grande programa de renda mínima, que é para
onde caminha o mundo", afirmou, em conversa com jornalistas, no evento
Magnext, organizado pela MAG Seguros no Rio de Janeiro.
Além disso, o benefício
mensal garantido pelo Estado não vai passar de um salário mínimo (R$
1.041, hoje), acredita Molina.
É o que acontece, por exemplo, nos Estados
Unidos, lembrou. "É uma boa notícia para os jovens, que têm tempo de fazer
suas poupanças, e certamente uma má notícia para os velhos, que se dedicaram a
gastar o dinheiro e não a economizar", disse.
A reforma, nas palavras
dele, "era uma necessidade", mas a situação ainda vai se agravar.
ANCEP