O governo
do Estado estuda criar uma aposentadoria complementar para servidores que
ganham acima do teto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A proposta
de reforma previdenciária poderá ter uma cláusula obrigando quem ganhar mais,
ter que contribuir proporcionalmente ao salário.
De acordo
com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), está em estudo a proposta de que
servidores que ganham salários maiores terem que pagar mais, para poder garantir
o recebimento dos vencimentos integrais. "Não podemos apenas discutir
alíquota", disse em evento nesta manhã.
Atualmente,
o teto do INSS é R$ 5.189,82, mas pode subir para R$ 5.578 em 2017.
Funcionários públicos do país contam com a previdência complementar desde 2012
e funciona como um bônus no recebimento dos valores daqueles que ganham acima
do teto, mas recebem aposentaria condizente com o teto do INSS.
Reinaldo
ainda disse que criar um fundo estadual par capitalizar a previdência e alega
que essa medida já realizada no governo federal. Ele não detalhou, mas a
capitalização é o regime utilizado pela previdência privada, onde os recursos
vão para uma conta de investimentos que cresce ao longo do tempo.
O
governador voltou a citar os dados da previdência, que fechará 2017 com deficit
de R$ 738 milhões. A previsão do governo é que o deficit some R$ 900 milhões em
2017 e passe de R$ 1 bilhão em 2018.
"Estamos
estudando como vamos implementar e iremos apresentar esses projetos no início
de fevereiro para a Assembleia Legislativa", disse Reinaldo, que já
adiantou que irá aumentar a contribuição previdenciária dos atuais 11% para
14%, mas que as mudanças devem ser discutidas com a categoria no ano que vem.
Contrapartida
- O aumento da contribuição previdenciária é um dos itens que
o governo se comprometeu com a União que irá implantar, como contrapartida da
renegociação da dívida dos estados.
Além
disso, segundo Reinaldo, o governo também se comprometeu a promover um controle
de gastos públicos. "Tanto que vamos enviar no ano que vem um projeto da
lei de responsabilidade estadual nos moldes da LRF (Lei de Responsabilidade
Fiscal), para que todos os poderes tenham controle de despesas", disse.
Segundo ele "não da para expandir despesas se a
receita não cresce" e por isso a reforma e ajuste de contas é necessário.
Campo Grande News