Facebook denuncia empresas de segurança por
espionagem de 50 mil usuários.
Ação faz parte de
esforço de companhias de tecnologia e do governo dos EUA contra espiões
digitais.
A empresa dona do
Facebook, Meta, está denunciando empresas de vigilância privada por invasão de
computadores e outros abusos, alegando em um relatório publicado nesta
quinta-feira (16) que elas espionaram cerca de 50 mil usuários de suas plataformas.
A briga da
companhia com as firmas de espionagem ocorre em meio a um movimento mais amplo
de empresas de tecnologia americanas, legisladores e o governo do presidente
americano, Joe Biden, contra fornecedores de serviços de espionagem digital,
notadamente a empresa israelense de spyware NSO Group, que entrou na lista no
início deste mês, após semanas de revelações.
A Meta já está processando a NSO na Justiça dos Estados Unidos.
Nathaniel Gleicher, diretor de políticas de segurança da Meta, disse à Reuters
que a ação desta quinta-feira pretende sinalizar que "a indústria de
vigilância de aluguel é muito mais ampla do que uma empresa".
O relatório da Meta disse que estava
suspendendo cerca de 1.500 contas, na maioria falsas, administradas por sete
organizações no Facebook, no Instagram e no WhatsApp. A empresa disse que as
entidades têm como alvo pessoas em mais de cem países.
Entre eles está a Black Cube de Israel, que se
tornou conhecida por usar seus espiões para beneficiar o ex-produtor de Hollywood Harvey Weinstein, preso por estupro e assédio. A Meta disse que a
empresa de inteligência está usando perfis-fantasmas para conversar com seus
alvos online e obter seus e-mails, "provavelmente para ataques de 'phishing'
posteriores".
Sequestro de dados: como se proteger de golpes
que estarão em alta em 2022. = Veja artigo no face da SUPORTE
REUTERS