A soma de
investimentos de fundos de previdência complementar em ativos fora do Brasil
deverá ir de R$ 2,5 bilhões para R$ 10 bilhões neste ano, projeta a Abrapp
(associação das entidades). O Conselho Monetário Nacional publicou regras sobre
o tema no dia 25 de janeiro.
Algumas
restrições foram eliminadas, como a exigência de que entidades só investissem
em conjunto com quatro outras e apenas em títulos com boas notas de agências de
risco (essa última norma, agora, é só para renda fixa).
O
limite do patrimônio que pode ser aportado fora do país continua o mesmo: 10%.
Os fundos não devem se aproximar disso, segundo Lucas Nobrega, diretor da
associação.
"Os
10% representam cerca deR$ 80 bilhões. Esse volume não vai para o exterior.
Devemos assistir uma mudança de R$ 2,5 bilhões para R$ 10 bilhões em
2018."
A
Previ, maior fundo do país, tem, hoje, menos de R$ 150 milhões alocados fora,
diz o diretor de investimentos Marcos Moreira. O valor vai mudar, mas a
estratégia ainda está em discussão. "O cenário interno é de redução de
juros e dificuldade de alocar em ativos de baixo risco que atinjam a nossa meta
de retorno, que é de 5%."
Metade das
entidades pretende aumentar o investimento em ativos estrangeiros, diz Lucas
Schmidt, da Mercer, que fez pesquisa sobre o tema. "Com juros a 7%, os
fundos precisam aumentar alocação fora do país."
Folha de São Paulo