MERCADO DE TRABALHO


Emprego formal cresceu quase 2% em 2019, mas com salários menores.

A média salarial dos trabalhadores caiu 1,31% na comparação com o ano anterior.

O número de empregos formais no país avançou quase 2% no ano passado

Apesar da alta —a maior desde 2013— , a média salarial dos trabalhadores caiu 1,31% na comparação com o ano anterior.

O balanço foi apresentado nesta segunda-feira (26) pelo Ministério da Economia. A Rais (Relação Anual de Informações Sociais) de 2019 reúne dados do mercado de trabalho formal nos setores público e privado.

O Brasil encerrou o ano passado com 47.554.211 vínculos de emprego formal nesses dois setores. Em 2018, esse estoque era de 46.631.115 postos de trabalho.

Ainda assim, o número de empregos formais segue abaixo de 2013, 2014 e 2015, quando o estoque chegou perto de 49,5 milhões de vagas.

A ampliação foi puxada pelo desempenho das regiões Sul (crescimento de 3,31%) e Sudeste (2,79%). 

Norte (0,53%) e Nordeste (0,42%) registraram um resultado mais tímido. 

Já a região Centro-Oeste foi a única que teve redução no estoque de emprego –queda de 0,91% em relação ao ano anterior.

Na análise por segmento econômica, a construção civil foi o setor em que o mercado de trabalho mais se expandiu, com avanço de 9,64%. 

Em seguida, foram comércio (2,56%), indústria (1,77%) e serviços, que, apesar da alta de mais modesta (1,44%), é a área que mais emprega no país.

setor de agropecuária apresentou redução no emprego formal em 2019, com queda de 1,03%.

Os trabalhadores com contratos de acordo com a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) correspondem a quase 80% do total de vínculos do ano passado.

No entanto, entre 2018 e 2019, houve uma redução nos contratos celetistas com prazo indeterminado, enquanto que os de prazo determinado ganharam maior peso –de 1,1% para 14% no período— entre os vínculos pela CLT no país.

Do lado da remuneração, a Rais mostrou que o Brasil continua na tendência de reduzir os salários dos trabalhadores formais, o que já havia sido identificado em 2018.

A remuneração média caiu de R$ 3.213,14, em 2017, para R$ 3.198,05, em 2018, e para R$ 3.156,02 no ano passado. Os números foram corrigidos pela inflação.

A redução foi registrada nas cinco regiões do país, em 21 unidades da federação e em todos grandes grupos de setor econômico (como agropecuária e indústria), segundo o balanço do governo.

De acordo com os dados da Rais, as mulheres eram minoria no mercado de trabalho formal. Elas eram 44%, enquanto que os homens ocupavam 56% das vagas.

Em relação aos salários, a remuneração média das mulheres era de R$ 2.902,58 e a dos homens, R$ 3.359,00. Uma diferença de 13,5%.

Isso significa que houve um leve recuo na discrepância da média salarial entre homens e mulheres, pois, em 2018, essa defasagem era de 14,4%.



FOLHA DE SÃO PAULO
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