Susep tem como propósito ajudar
a reorganizar o setor de seguros
Titular da autarquia - Alessandro Octaviani, disse concentrar sua atuação em
três grandes desafios: transição ecológica, riscos cibernéticos e cuidar de
gente
“A Susep pode ser um fator de propulsão do mercado e não apenas
um ente fiscalizatório, afirmou o superintendente da autarquia na abertura do
evento organizado pelo empreendedor José Prado.
Ele assume a autarquia em meio
a um turbilhão de desafios urgentes, como a discussão do PL 29/2017, a
implementação do Sistema de Registro de Operações de Seguros (SRO), que é a
ponte para o Open Insurance, dentro do contexto do Open Finance, que inclui também
o Open Banking, entre outros assuntos que demandam muita a atenção do regulador
que vão do DPVAT a pedidos de autorização de empresas e nomes de diretores para
as seguradoras.
Como regulador, deixou claro o seu grande desejo: “impulsionar e
ajudar a encontrar os caminhos para o desenvolvimento do setor, incluindo
seguradoras, resseguradoras, corretores, assessorias, insurtechs entre outros,
para sair de uma visão meramente negativa da regulação para um papel
propositivo de um ator que vai ajudar a reorganizar o mercado”.
Octaviani afirmou que a Susep
vai concentrar sua atuação em três grandes desafios: transição ecológica,
riscos cibernéticos e cuidar de gente.
“A regulação e fiscalização sobre
seguros está concentrada na inovação tecnológica e na organização da parte do
securitária do sistema financeiro voltada ao desenvolvimento nacional.
Por
isso, faz muito sentido a discussão no Ministério da Fazenda de um grande
programa de orientação de transição ecológica com várias fases onde o seguro é
parte relevante”, disse.
Sobre o SRO, alvo de um
processo judicial da CNseg sobre a o titular afirmar que o planejamento dos
programas de implementação está mantido.
Certamente, disse, mudanças que
aprimorem os projetos (incluindo o open insurance) deverão ser feitas. “Mas a
nossa atenção estará sempre no aprimoramento das propostas que fizerem sentido
para os técnicos da Susep”.
Sobre o Sandbox, a mesma visão. “Trata-se de um ambiente de
fomento à inovação valioso, mas que quando colocado em prática, como qualquer projeto,
mostra pontos de aprimoramento.
Por isso, vamos evoluir com a ajuda de
parceiros, como outros órgãos públicos, como BNDES, Finame e secretarias de
desenvolvimento ligadas aos ministérios.”
De acordo com ele, as futuras
edições do Sandbox podem buscar as mais diversas dimensões de desenvolvimento e
aplicação de inovação tecnológica no mercado de seguro, não somente com o
objetivo de criarem novas seguradoras, mas buscando resolver as demandas
tecnológicas articuladas aos riscos e interesses seguráveis, ampliando assim o
quantitativo de possíveis novas empresas e produtos.
Apesar de muito se falar em “falta de braços” e “falta de
infraestrutura tecnológica” para a Susep, Octaviani afirmou que ainda não há
nada oficial sobre um novo concurso público, mas será “bem-vindo” caso seja
aprovado, para substituir vagas de técnicos que deixaram a autarquia.
“Apesar
da defasagem, nosso corpo técnico atual é capaz de lidar com os desafios de
nossa agenda”.
Também ressaltou que o desafio
da Susep é aumentar o acesso ao seguro no Brasil, mas com produtos que tenham
qualidade.
“Estamos aqui para garantir a entrega para o consumidor, que não tem
o cunho técnico das seguradoras para entender o que é bom para ele. Vamos
analisar com carinho todos os projetos para que eles entreguem às pessoas o que
elas realmente precisam no tempo do contrato”, ressaltou durante a coletiva.
SONHO SEGURO