As novas relações de trabalho, a reforma da Previdência e a
mudança no comportamento das novas gerações, menos inclinadas a fazer carreira
em uma única empresa, estão redesenhando a previdência complementar fechada no
País. No lugar do modelo tradicional de fundos de pensão patrocinados por uma
empresa, começam a chamar a atenção os planos instituídos e setoriais,
inicialmente adotados por associações de classe, sindicatos e cooperativas.
Exemplo disso é o plano instituído - sem patrocinador - no último
dia 4 pela Fundação Copel, para atender aos familiares de seus participantes
que desejam fazer a sua poupança.
Os fundos instituídos ainda são pouco representativos, pouco mais
de 1% dos mais de R$ 800 bilhões de patrimônio geridos pelos fundos
de pensão em geral. Isto é, representam apenas R$ 8,9 bilhões.
Os primeiros planos foram instituídos em 2004. Hoje, são 65 planos
geridos por 36 entidades. Enquanto os instituídos estão ligados a entidades de
classe ou sindicatos, os setoriais agrupam setores da economia, como segmentos
da indústria. O único plano setorial em operação é o Industriaprev, da
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina.
Valor