Entre auxílio emergencial e autonomia do BC, Bolsa reage e fecha em alta.
📊 Ibovespa: +0,73% (119.299 pontos)
💵 Dólar: +0,32% (R$ 5,38)
Depois
de três quedas seguidas, a Bolsa fechou o pregão desta quinta-feira (11) em
leve alta, ainda sob efeito da aprovação da autonomia do Banco Central.
O
embalo positivo vinha com mais força, mas desacelerou depois de falas do
presidente Jair Bolsonaro sobre o retorno do auxílio emergencial.
Já
existe um consenso entre a base governista, oposição e até economistas sobre a
importância de uma ajuda financeira à população, que sente efeitos dramáticos
da crise financeira provocada pelo coronavírus.
No
entanto, o mercado financeiro ainda vê a situação com desconfiança porque ainda
não se sabe de onde virão os recursos para os pagamentos – e como isso vai
afetar as contas públicas.
Auxílio emergencial: vem aí mesmo?
Bolsonaro
afirmou nesta quinta-feira que o auxílio emergencial deve ter seu retorno
triunfal em março, com extensão de "três ou quatro meses".
O
desafio agora fica com a equipe econômica e com o Congresso, que deverá
discutir como descolar o dinheiro necessário sem quebrar a regra do teto de
gastos – ou encontrar vias legais de fazer os pagamentos fora do teto.
Essa tal de liberdade (do Banco Central)
No
final da tarde da última quarta-feira, a Câmara aprovou o projeto que prevê a
autonomia do Banco Central.
Essa
é uma demanda que vem desde 1991 e os olhos do “deus mercado” estão de olho
desde então.
Essa “divindade” acredita que, livre de pressões políticas, a
autoridade poderá atuar de um jeito mais técnico – e essa crença segurou o
Ibovespa no azul ao longo do dia, já que este seria mais um ponto na agenda
liberal.
Para
parlamentares da oposição, no entanto, a aprovação da independência do BC
colocaria a política monetária nas mãos do mercado financeiro e dos seus
interesses.
Por isso, o projeto não foi aprovado com unanimidade, tendo 339
votos a favor e 114 contra.
FINANÇAS FEMININAS