Metade dos consumidores conectados usa delivery na
pandemia, diz pesquisa.
Levantamento da
Nielsen/Toluna mostra que 45% passam até três horas conectados a apps de
entrega.
Metade dos
consumidores com acesso à internet usou serviços de delivery durante a pandemia
de coronavírus, mostra pesquisa sobre tendências de comportamento online
da Nielsen e da Toluna, que ouviu 1.260 pessoas, a maioria das classes B e C.
A atividade foi
mais forte na região Nordeste (52,8%), seguida de Sudeste (52,3%), quando
entrevistados responderam se fizeram algum pedido nas últimas quatro semanas.
A
pesquisa foi realizada em julho e tem margem de erro de três pontos
percentuais.
Quarenta e três por
cento dos entrevistados afirmaram que o tempo gasto com delivery aumentou,
sendo que 45% dizem gastar até três horas semanais ligados a aplicativos do
tipo.
Em relação ao
comércio eletrônico no geral, que inclui compras feitas em sites, 64% afirmaram
ter realizado alguma aquisição pela internet nas quatro semanas anteriores.
O
tempo gasto com esse tipo de consumo aumentou para 46% das pessoas na
comparação com o mesmo período de 2019.
Outra pesquisa, divulgada pela Neotrust/Compre&Confie em
julho, estima que a pandemia tenha levado ao ecommerce ao menos 5,7 milhões de novos clientes.
TRABALHO
A pesquisa também abordou o comportamento no teletrabalho: 33,5%
passaram a ficar mais tempo conectados para fins laborais.
Os pesquisadores
desconfiam que, de modo geral, o trabalho aumentou durante a pandemia.
"Como qualquer
mudança, existe uma curva de aprendizagem, na forma de executar tarefas.
Quem
passava tempo no trânsito, indo de um cliente a outro, viu esse tempo diminuir,
mas não necessariamente trabalha menos; aumentou o tempo gasto com outras
atividades", afirma Sabrina Balhes, da Nielsen Mídia.
A pesquisa mostra
que 18% dos entrevistados trabalham depois das 22h.
Quinze por cento dizem
dedicar mais de 15 horas semanais ao trabalho online, 13,3%, de 10 horas a 15
horas e 16,2%, de 7 horas a 10 horas.
Segundo a Nielsen,
45% dos conectados usa o smartphone por mais de 15 horas por semana.
Confirmando os indicativos dos últimos anos, o celular aparece como meio
preferencial de acesso à rede.
FOLHA DE SÃO PAULO