Bolsa fecha a semana no vermelho
depois de confusão política e NY em queda
Ibovespa: +0,52%
(101.241 pontos)
Dólar: +0,33% (R$
5,30)
Resumo:
·
Abalada pelas quedas em Nova York e por feriado, Ibovespa passa por
grande volatilidade, mas consegue fechar em alta;
·
bolsas de Wall Street seguem baixas do dia anterior por queda em ações
de empresas de tecnologia;
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desentendimento entre Guedes e Maia pressiona dólar para cima;
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no acumulado da semana, Ibovespa fecha negativa;
·
população volta a procurar emprego e taxa de desocupados cresce, mostra
IBGE;
·
poupança tem menor captação líquida desde o início da pandemia.
Foi por muito pouco
que o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, conseguiu fechar esta
sexta-feira (4) acima dos 100 mil pontos. Para que se tenha ideia, o índice
chegou aos 98.960 na mínima do dia.
Do mesmo jeito que aconteceu (dia 3), a B3
acompanhou as quedas que aconteceram em Nova York e teve um dia bem volátil.
As bolsas de Wall Street viveram um
déjà-vu da quinta-feira, com os investidores correndo para vender as ações de
tecnologia – como Amazon, Apple, Netflix, Facebook e Google.
Por isso, alguns
dos papéis que mais sofreram por aqui foram aqueles que aproveitaram o embalo tecnológico
que a pandemia trouxe, como os de e-commerces.
Outro fator que influenciou a
volatilidade foi a chegada do feriado da Independência do Brasil, comemorado ontem (7).
Normalmente, o mercado financeiro fica um pouco mais
resistente a riscos em vésperas de feriado já que, com a B3 fechada, eles
ficarão mais tempo sem poder tocar em seus ativos.
Também será feriado nos
Estados Unidos, então a mesma pressão rolou por lá.
A semana trouxe algumas conversas que
adocicaram os ouvidos dos investidores, como o andamento da reforma
administrativa.
No entanto, as propostas apresentadas não afetarão os
servidores já em exercício, o que trará alívio apenas no longo prazo.
Outro
fator polêmico é que, por não incluírem parlamentares, juízes, procuradores e
militares, elas terão maior impacto sobre a folha de pagamento de servidores do
baixo escalão, como professores e outros cujos salários impactam menos os
cofres públicos.
Para completar a
sopa política, Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, disse à
GloboNews que ele e Paulo Guedes, ministro da Economia, estão com a relação
estremecida.
O motivo: Guedes teria proibido seus secretários de falarem com
Maia.
Apesar de ele ter declarado que
este conflito não afetará o avanço das reformas no Congresso, o mercado
financeiro está, sim, preocupado.
A percepção da briga entre o ministro
e o parlamentar colaborou para a alta do dólar, que fechou a semana com
desvalorização acumulada de 1,99%. Já o Ibovespa encerra a semana com queda de
0,88%.
FINANÇAS FEMININAS