Movimento vem em linha com queda dos juros e
maior demanda por captação de recursos no mercado de capitais
A maior demanda de médias e grandes
empresas pelo mercado de capitais pode trazer um aumento entre 10% a 20% no
volume de emissões nos segmentos de dívida privada e private equity (aporte de
capital privado em empresas) em 2020, segundo projeções do Itaú.
O movimento também viria em linha com as taxas básica de juros no menor nível
histórico e com a menor busca por crédito corporativo.
Segundo o diretor geral de atacado do
Itaú, Caio Ibrahim David, o banco tem se reestruturado para melhorar o
atendimento à essas companhias, tanto em relação ao banco de investimentos do
Itaú –com a melhora da plataforma e aumento da competitividade— como também
reforçando a atuação com essas empresas.
“As
grandes companhias já se beneficiaram bastante do mercado de capitais nos
últimos anos e agora vemos esse movimento crescer entre as médias empresas.
A
expectativa é de que, com a maior atividade econômica e a maior demanda dos
clientes, o setor privado traga ainda mais projetos para o segmento e a
atividade do mercado de capitais aumente”, afirma.
Segundo ele, a expectativa do Itaú é que seu banco
de investimento cresça quase 100% em relação ao observado entre os anos de 2015
e 2016.
De acordo com o diretor-executivo de grandes
empresas e pelo banco de investimentos do Itaú, João de Biase, as empresas já
começaram a preparar seus projetos de IPO (abertura de capital na Bolsa de
valores) no final deste ano e a expectativa é de que a proporção seja ainda maior
em 2020.
“O crescimento do segmento de dívida privada e private equity, em geral, deve
vir entre 10% e 20%, porque são operações que têm o ciclo longo. É importante
termos investimento estrangeiro, mas não somos completamente
dependentes disso”, afirma o executivo e acrescenta que, do ponto de vista de
fusões e aquisições, o número deve ser mais semelhante ao observado neste ano.