INVESTIMENTOS


Onde investir com juro a 3,75% ao ano e Bolsa em queda?

Especialistas dão dicas de como garantir rentabilidade em meio à crise do coronavírus.

Com a Selic a 3,75% ao ano, nova mínima histórica, e a Bolsa de Valores em desvalorização, o investidor precisa diversificar ainda mais os investimentos, especialmente na renda fixa, apontam especialistas.

“Em condições normais, quando os juros caem, recomendamos renda variável, mas está muito difícil nesse momento de indicar isso", afirma Bruno Mori, planejador financeiro CFP pela Planejar.

Com a crise do coronavírus, o Ibovespa acumula queda de 42% em 2020. Em 2019, subiu 31,6%.

Segundo Mori, não é recomendável entrar na Bolsa agora ou ampliar a fatia de renda variável da carteira. 

As ações até estão baratas, mas o que a Bolsa precifica agora é quanto tempo vai durar a recessão e não mais se ela vai existir", diz Mori.

Ele aponta que a taxa de juros baixa deixa a renda fixa menos rentável, mas, em momentos de crise, ela se torna ainda mais importante.

“As reservas de emergência são importantes para o momento que estamos vivendo, com a economia global parando e empresas demitindo”, afirma Bruno Mori, planejador financeiro CFP pela Planejar.

A reserva emergencial consiste em, no mínimo, seis meses de gastos mensais alocados em um investimento de renda fixa que supere a inflação e possa ser resgatado no mesmo dia sem perda de valor, como o Tesouro Selic, fundos DI e CDBs (Certificado de Depósito Bancário) acima de 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário, que segue a Selic). 

Ela deve ser utilizada em caso de desemprego ou de emergências médicas para evitar a contração de dívidas.

Nesse caso, alocações na poupança, principal investimento dos brasileiros, deve ser evitada. 

Desde novembro de 2019, o seu rendimento já perde para a inflação. Isso porque ela rende a Taxa Referencial (TR), hoje zerada, mais 70% da Selic, o equivalente a 2,625% ao ano a partir de agora.

Rentabilidade da renda fixa com Selic a 3,75% ao ano

Levantamento feito pela Yubb, com base na rentabilidade média de cada investimento

·         Recibos de Depósito Bancário (RDB)

Rentabilidade bruta anual: 4,98%

·         Debênture

Rentabilidade bruta anual: 4,95%

·         Letra Financeira (LF)

Rentabilidade bruta anual: 4,84%

·         LC (Letra de Câmbio)

Rentabilidade bruta anual: 4,73%

·         Debênture Incentivada

Rentabilidade bruta anual: 4,62%

·         CDB (Certificado de Depósito Bancário)

Rentabilidade bruta anual: 4,11%

·         LCI (Letra de Crédito Imobiliário)

Rentabilidade bruta anual: 3,80%

·         LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)

Rentabilidade bruta anual: 3,66%

·         Poupança

Rentabilidade bruta anual: 2,63%

·         Tesouro Selic

Rentabilidade bruta anual: 3,75%



FOLHA DE SÃO PAULO
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