MERCADO DE TRABALHO


Demissões nas big techs chocam jovens profissionais, mas os mais velhos, nem tanto.

Crise que varreu o setor foi pior que recessão dos anos 1990 e de 2008.

Meta, Microsoft, Amazon...e Alphabet. A controladora do Google é a mais nova big tech a anunciar uma demissão em massa, que atingirá 12 mil funcionários, anunciou a companhia na sexta (20).

A Microsoft disse nesta semana que planeja cortar 10.000 empregos, ou cerca de 5% de sua força de trabalho. 

E na manhã de sexta-feira (20) a Alphabet, controladora do Google, disse que pretende cortar 12 mil empregos, ou cerca de 6% do total de trabalhadores.

Esses cortes acompanham grandes demissões em outras empresas de tecnologia, como Meta, Amazon e Salesforce.

A geração do Milênio e a geração Z, nascidas entre 1981 e 2012, iniciaram carreiras em tecnologia durante uma década de expansão, quando os empregos se multiplicaram tão rápido quanto as vendas do iPhone. 

As empresas em que entraram estavam conquistando o mundo e desafiando as regras econômicas. 

E quando eles foram trabalhar em empresas que ofereciam viagens de ônibus até o escritório e cortesias como comida e lavanderia gratuitas, eles não estavam apenas aceitando um novo emprego; estavam assumindo um estilo de vida. 

Poucos haviam passado por demissões generalizadas.

Os membros da geração "baby boom" e da geração X, nascidos entre 1946 e 1980, por outro lado, viveram a maior contração que o setor já viu. 

O crash das pontocom no início dos anos 2000 eliminou mais de 1 milhão de empregos, esvaziando de usuários a Rodovia 101 do Vale do Silício, pois muitas empresas fecharam da noite para o dia.

A divisão geracional na indústria tech representa um fenômeno mais amplo. 

O ano de nascimento de uma pessoa tem grande influência em suas opiniões sobre trabalho e dinheiro. 

As primeiras experiências pessoais determinam fortemente o apetite de uma pessoa por riscos financeiros, de acordo com um estudo de 2011 dos economistas Ulrike Malmendier, da Universidade da Califórnia em Berkeley, e Stefan Nagel, da Universidade de Chicago.

O estudo, que analisou a Pesquisa de Finanças do Consumidor do Federal Reserve de 1960 a 2007, descobriu que as pessoas que atingiram a maioridade na década de 1970, quando o mercado de ações estagnou, relutavam em investir no início dos anos 1980, quando ele disparou.

Essa tendência se inverteu na década de 1990.



THE NEW YORK TIMES
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