PREVIDÊNCIA PRIVADA


Icatu Seguros traz avanços da previdência privada em debate com gestores de recursos.

Em ativos, o setor possui mais de R$ 1,4 trilhão, o que representa cerca de 13,1% do PIB

Investir em um fundo de previdência privada é mandatório para quem pensa em qualidade de vida no futuro. Esta foi a principal conclusão do evento “Conversa com Gestores”, promovido pela Icatu Seguro no dia 3 de julho. 

Luciana Seabra, planejadora financeira, mestre em Economia e fundadora da Indê Investimentos, garante que a previdência é relevante no portfólio, que precisa ser diversificado para diluir os riscos inerentes das aplicações que tem aquela regra básica de não colocar todos os ovos na mesma cesta.

Mas (sempre tem um), ainda é preciso que as regras dos produtos conhecidos como Planos Geradores de Benefício Livre (PGBLs) e Vida Geradores de Benefício Livre (VGBLs) sejam mais flexíveis para fazer frente às mudanças nos mercados financeiros em todo o mundo. 

“O limite de 70% que se pode aplicar em ações deveria ser mais flexível, no entanto já é melhor do que no passado, de 49%”, citou ela, que diz almejar ter uma Superintendência de Seguros Privados (Susep),órgão regulador de seguros e previdência, semelhante ao que é a CVM (Comissão de Valores Mobiliários, que tem o objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil.

Para a planejadora também é vital o investimento em educação financeira. Não só do investidor, mas de quem vende o produto a ele. 

“Principalmente agora, com a possibilidade de transformar parte da reserva em renda vitalícia. Se esses pontos forem bem trabalhado pela Susep e pelas seguradoras, a eficiência tributária dos fundos de previdência se soma ao potencial de retorno dos gestores”, citou no painel que dividiu com o CEO da companhia, Luciano Soares, e Henrique Diniz, diretor de Produtos de Previdência da Icatu.

Dados da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), revelam que nos quatro primeiros meses de 2024, a captação líquida somou R$ 21,2 bilhões, um crescimento de 225% em relação ao mesmo período do ano passado. 

A arrecadação total somou R$ 64 bilhões em prêmios e contribuições, alta de 26,9% na comparação com o mesmo período de 2023. Já os resgates caíram 2,5%, totalizando R$ 42,8 bilhões.

Na Icatu, um ponto importante da democratização vem do baixo tíquete de entrada. 

“São valores mínimos, pois acreditamos que com a educação financeira nosso cliente vai aos poucos entendendo a importância da reserva financeira e priorizando os depósitos”, afirma Diniz. 

Segundo ele, ainda há uma agenda robusta para tornar os fundos mais atraentes. “A Susep busca fomentar o mercado de renda, o que agrega opções para o investidor transformar parte do valor acumulado em renda, como, por exemplo, pagar o plano de saúde”, cita.



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