Golpes e fraudes
associados ao PIX crescem no país, dizem especialistas.
Brasil é o segundo país com mais transações em
tempo real do mundo; instantaneidade torna sistema um dos preferidos pelos
criminosos.
O
número de golpes e fraudes associados ao PIX têm crescido no país, apontam
especialistas.
Esses ataques acontecem tanto por meio de vírus instalados sem
que o consumidor perceba, como via engenharia social (quando um criminoso usa
influência e persuasão para enganar e manipular pessoas e obter senhas de
acesso).
O
aumento, dizem esses especialistas, acompanha a crescente popularização do
sistema de pagamentos instantâneos.
Um levantamento recente feito pela ACI
WorldWide, por exemplo, indicou que o Brasil é
o 2º país com mais transações em tempo real do mundo.
Só em
2022 foram registradas 29,2 bilhões de transações no país, o
equivalente a 15% do total registrado no mundo, de 195 bilhões.
Nesse
sentido, destacam os especialistas, a principal dificuldade está em bloquear a
transação — já que ela é instantânea — ou em reaver o dinheiro perdido.
Nesse
último caso, dizem, a dificuldade acontece porque, uma vez que os recursos caem
na conta do criminoso, eles são rapidamente pulverizados e divididos em
diversas outras contas, o que acaba dificultando que os bancos rastreiem o
caminho do dinheiro.
Segundo
dados do Banco Central, mais de 147
milhões de usuários estavam cadastrados no Diretório de Identificadores de
Contas Transacionais (DICT) até o final de abril — um
aumento de 0,9% na comparação mensal (146,4 milhões) e de 16,8% em relação a
igual mês de 2022 (126,6 milhões).
Entre os
principais ataques feitos a pessoas físicas estão:
- Contas
falsas de pagamento com QR Code malicioso;
- Hackeamento
de dispositivos celulares para a criação de contas bancárias;
- Trojans
bancários que infectam o celular e redirecionam os pagamentos feitos em
aplicativos bancários para a conta de um criminoso;
- Golpes
feitos por meio de engenharia social;
- Uso de informações pessoais e fotos da
vítima para a criação de contas laranjas, entre outros.
Nesse sentido, um levantamento
recente da AllowMe apontou que pelo menos
20% de todas as contas abertas no Brasil são suspeitas de fraude.
Entre
as razões pelas quais as contas são identificadas dessa forma, estão as suspeitas
de que o dispositivo usado possa ter sido hackeado, de adulteração durante a
captura de selfies para validação de identidade e solicitação de prova de vida,
e a incompatibilidade entre as fotografias tiradas e as vinculadas a
determinado CPF, por exemplo.
G1