Setor de seguros terá aumento de R$ 3 bi em receita a cada 1% de avanço
sobre o PIB, avalia PwC.
Open Finance
buscará integrar o Sistema Financeiro Nacional com base na troca de informações
financeiras individuais
Segundo
dados do estudo da PwC, Panorama do mercado de serviços financeiros, o
setor de seguros terá aumento de R$ 3 bilhões no faturamento a cada 1% de
avanço sobre o PIB.
A possibilidade aberta pelo Open Insurance de
compartilhamento de informações entre as empresas é a principal aposta para o
avanço deste mercado no país e promete um avanço significativo na operação e na
forma como as seguradoras devem se posicionar neste novo contexto.
Hoje, apesar do mercado de seguros no Brasil ainda ser
considerado tímido, os indicadores da pesquisa reforçam o quanto existe uma
trajetória de crescimento em potencial no mercado brasileiro.
Em países
desenvolvidos chega a movimentar de 20% a 25% do PIB. Em 2030, o mercado
segurador planeja alcançar 10% do PIB brasileiro e tem o potencial de
movimentar até R$1,14 trilhões no período.
A estimativa foi feita pela CNseg, a
Confederação Nacional das Seguradoras, que analisou os efeitos macroeconômicos,
como inflação e variação do PIB; e efeitos micro, levando em conta as
contribuições do próprio setor com ações de melhorias e avanços
estruturais.
Muitas destas mudanças são creditadas à introdução do Open
Insurance, iniciativa liderada pela Susep (Superintendência de Seguros
Privados) que promete gerar valor com base na personalização, inovação e
fomento à competição, beneficiando seguradoras e seus clientes.
Ao promover a
integração dos dados com o consentimento do cliente, o novo modelo pode
aumentar a subscrição de apólices, automatizar processos e melhorar a
eficiência dos produtos oferecidos.
De acordo com ele, o novo sistema é uma oportunidade de expansão
com avaliações mais assertivas de risco, ofertas de jornadas integradas que
podem colocar em uma mesma plataforma, por exemplo, a compra do veículo, o
financiamento e a contratação do seguro. A implementação do Open
Insurance será dividida em três fases.
Na primeira haverá
obrigação das seguradoras de disponibilizar informações detalhadas e
padronizadas sobre seus produtos. O segundo momento será a vez do cliente
escolher quem terá acesso aos seus dados.
A última etapa será um incremento das
capacidades digitais e, consequentemente, na oferta de serviços dos provedores
de seguros, ampliando as opções e melhorando a experiência do consumidor com
mais inovação e personalização.
Embora o consumidor se mostre desconfortável com
o compartilhamento de seus dados bancários e de produtos de seguro, Tudisco diz
que é preciso uma educação para a população de forma geral vencer essa
barreira.
Tanto o Open Finance como o Open Insurance podem ajudar a ampliação
do acesso a produtos mais adequados ao consumidor.
“É preciso deixar clara a proposta de valor para o consumidor, principalmente
aqueles de classe mais baixa que são os que têm menos acesso aos serviços
financeiros e quem acaba pagando mais caro”, afirma o sócio da PwC.
SONHO SEGURO