MERCADO FINANCEIRO


Bolsa reage mal a falas de Bolsonaro que sinalizam “fritura” de Guedes.

Ibovespa: -1,46% (100.627 pontos)

Dólar: +1,52% (R$ 5,61)

Resumo:

  • Bolsonaro rejeita proposta de Renda Brasil e Bolsa reage mal, fechando no vermelho;
  • mercado financeiro percebe movimento de “fritura” de Guedes;
  • queda no Ibovespa foi amortecido por bolsas estadunidenses;
  • Brasil se aproxima das 117 mil mortes por coronavírus;
  • eventual imposto sobre pagamentos incidirá sobre “todas transações”, diz governo;
  • planos de saúde que já aumentaram terão reajustes suspensos, diz ANS.

Mais uma vez, a preocupação com a política fiscal do governo se sobressaiu às altas internacionais e o Ibovespa, principal índice da B3, fechou no vermelho. 

Aliás, foi por causa das bolsas de Wall Street que o estrago não foi maior.

Por volta do meio-dia, apenas 11 das 75 ações listadas no Ibovespa operavam no vermelho depois que o presidente Jair Bolsonaro afirmar que a proposta do Renda Brasil apresentada por Paulo Guedes, ministro da Economia, está suspensa.

Um dos principais motivos é porque, para viabilizar o benefício sem aumentar os gastos, a equipe econômica sugeriu acabar com o abono salarial – que atende a 23 milhões de pessoas que ganham até dois salários mínimos. 

Bolsonaro disse que não gostou da ideia, sinalizando que estaria, sim, propenso a implantar o programa sem contrapartidas financeiras, o que resultaria em mais gastos.

Mais uma vez, a divergência de opinião entre presidente e ministro aumentaram a percepção do mercado de que a relação poderia estar abalada – incluindo um quê de “fritura”, um processo no qual Bolsonaro expõe e afasta aos poucos um ministro que ele não quer mais, caso dos ex-ministros Henrique Mandetta (Saúde) e Sérgio Moro (Justiça).

O resultado foi uma grande aversão a risco tomando os investidores, já que ainda não há sinais do controle de gastos prometidos, com as estatais Eletrobras, Embraer e Petrobras fechando o dia desvalorizadas.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, as bolsas de lá esperam que o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense), Jerome Powell, aponte nesta quinta-feira (27) novas medidas de estímulo no evento que ocorre todo ano.



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