Menopausa é a próxima fronteira
dos benefícios corporativos.
Depois
do congelamento de óvulos e da licença parental estendida, empresas
interessadas em atrair e reter talentos apoiam trabalhadoras na menopausa.
Um
estudo da Clínica Mayo publicado este ano concluiu que 15% das mulheres
faltaram ao trabalho ou reduziram seus horários de trabalho devido aos sintomas
da menopausa –e que essa perda de produtividade custa às mulheres cerca de US$
1,8 bilhão por ano (R$ 8,9 bilhões).
Pesquisadores no Reino Unido também
constataram que mulheres que aos 50 anos informam sofrer de pelo menos um
sintoma da menopausa que complica suas vidas têm 43% mais chances de deixarem
seus empregos até os 55.
Da
mesma forma que muitas empresas interessadas em atrair e reter talentos
ampliaram seus pacotes de benefícios para abranger tratamentos de fertilidade, programas de
licença maternidade ou paternidade paga e pagamento de creche
para os filhos de funcionários, algumas agora estão incluindo atendimento
específico para a menopausa.
Esses
benefícios podem incluir acesso virtual ao grupo pequeno de cerca de mil
especialistas certificados em menopausa nos EUA, profissionais que podem ser
difíceis de se encontrar localmente, além da cobertura de tratamentos hormonais
frequentemente caros, que podem não estar incluídos em alguns planos de
convênios médicos.
Para
a empresa de assistência médica Sanofi, a inclusão de benefícios voltados à
menopausa foi muito natural, diz Nathalie Grenache, vice-presidente sênior de
pessoas e cultura.
Mais
de 40% das mulheres trabalhadoras têm pelo menos 45 anos, idade na qual as
mulheres tipicamente iniciam a transição para a menopausa (se bem que alguns
estudos sugiram que esse processo pode se iniciar mais cedo entre mulheres não
brancas).
Essa mudança, que assinala o fim dos anos reprodutivos da mulher, é
caracterizada por uma gama de sintomas, incluindo insônia, ondas de calor e
confusão mental.
Os
sintomas podem ser debilitantes, porque existem poucas opções de tratamento
eficaz e muito poucas pesquisas sobre por que e como a menopausa altera o
corpo.
THE NEW YORK TIMES