Petros e Previ defendem mudanças profundas na BRF e deverão apresentar chapa nos próximos dias para um novo Conselho


O prejuízo recorde de R$ 1,1 bilhão em 2017 anunciado na última quinta-feira pela BRF, dona das marcas Perdigão e Sadia e que possui entidades fechadas entre os seus  maiores acionistas, teve consequências já no sábado, quando através de carta protocolada junto ao Conselho de Administração da empresa a Previ e a Petros pedem a convocação de Assembleia para destituir o colegiado e a saída do empresário Abílio Diniz de sua presidência, informam a FOLHA DE S. PAULO, O ESTADO DE S. PAULO, O GLOBO e VALOR ECONÔMICO. Um dia antes (sexta-feira), relata o jornal DCI, nesta segunda-feira (26), Abílio já havia reconhecido que a companhia precisa recuperar a sua credibilidade junto aos analistas do mercado. De modo geral todos os jornais lembram ser antiga  insatisfação dos fundos de pensão com a atual gestão.

A posição das entidades fechadas já contaria com o apoio de outros acionistas. A Petros (11,4% da BRF) e a Previ (10,7%) já contariam com a adesão do fundo britânico Standard Life Aberdeen (5%) e da gestora carioca JGP (0,34%), por verem no grupo de Abílio a fonte dos problemas enfrentados pela companhia. A Aberdeen, maior acionista estrangeira, vai tentar atrair outros investidores internacionais. Um dos jornais cita a JB Investimentos como um terceiro nome que estaria aderindo.

“O primeiro passo é uma reforma na governança, o que significa uma atualização completa do conselho, incluindo o cargo de presidente”, foi o comentário do diretor geral de equities, Peter Taylor.

Embora os jornais não digam isso, o episódio mostra as entidades fechadas como personagens principais, protagonistas  de um enredo que envolve uma das maiores companhias abertas do País e cujo capital ainda por cima é pulverizado. Em seu ativismo, Previ e Petros, diz um dos jornais, trabalham na formação de uma chapa para o conselho e deverão anunciá-la nos próximos dias, mas no texto há o reconhecimento, obtido junto ao mercado, de que se por um lado a  empresa precisa de mudanças, por outro lado existem dúvidas sobre se essas transformações precisam mesmo ser radicais.

 

A chapa da Previ e Petros deverá reunir 3 ex-CEOS da companhia. Na presidência da empresa a ideia parece ser a de colocar José Antonio Fay, que já esteve à frente da BRF entre 2008 e 2013, até ser afastado na reestruturação feita por Abílio



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