MERCADO FINANCEIRO


Petróleo afunda 9% e arrasta Petrobras sob temor de recessão.

Dólar sobe a R$ 5,38 e tem maior cotação desde o fim de janeiro.

O temor de recessão generalizada voltou a incomodar os mercados e afundou o preço do petróleo nesta terça-feira (5), contrariando expectativas de alta devido às pressões inflacionárias que a guerra na Ucrânia impõe sobre a commodity.

No mercado internacional, o preço de referência do barril da matéria-prima em estado bruto desabava 9,33% no encerramento do dia, a US$ 102,91 (R$ 554,61).

A queda desse tipo de petróleo, classificado como Brent, pode chegar a US$ 65 (R$ 350,30) em caso de recessão global liderada pela desaceleração da economia dos Estados Unidos, segundo avaliação do Citigroup, reportada pela Bloomberg.

A projeção do Citigroup contraria a recente expectativa de elevação a US$ 380 do Brent (R$ 2.047) apontada pelo JP Morgan, que considera um cenário em que a Rússia elevaria substancialmente os preços da sua produção em resposta às sanções impostas pelo Ocidente.

O contexto desfavorável às commodities levou para o fundo as duas principais empresas da Bolsa de Valores brasileira.

As ações preferenciais da Petrobras, as mais negociadas neste pregão, caíram 3,81%. 

Os papéis ordinários da petroleira despencaram 4,27%. As ações ordinárias da mineradora Vale fecharam em queda de 0,50%

Esses resultados contribuíram para a queda de 0,32% do Ibovespa, índice de referência da Bolsa, que fechou com a pontuação de 98.294.

Em resposta ao risco, investidores buscaram ativos ligados ao dólar, provocando forte valorização da moeda americana.

No mercado de câmbio do Brasil, a divisa estrangeira subiu 1,16%, a R$ 5,3870, a sua maior cotação desde 28 de janeiro.



FOLHA DE SÃO PAULO
Tel: 11 5044-4774/11 5531-2118 | suporte@suporteconsult.com.br