LONGEVIDADE


Asiáticos trabalham por mais tempo para completar a aposentadoria

Com as populações em toda a Ásia Oriental diminuindo e menos jovens entrando no mercado de trabalho, profissionais  estão cada vez mais trabalhando até os 70 anos ou mais. 

E isso acontece em um ambiente em que as empresas precisam desesperadamente deles, enquanto os funcionários idosos também se mostram desesperados por encontrar uma oportunidade que lhes permita elevar a renda. 

O desafio de todos é permitir que as pessoas possam se aposentar sem cair na pobreza.

O Japão (lembrando que grande parte dos japoneses se aposenta aos 60 anos)  não é o único país da Ásia Oriental onde os idosos sentem não ter escolha a não ser continuar a trabalhar. 

Na Coreia do Sul, com uma taxa de pobreza entre os idosos próxima dos 40%, uma proporção semelhante daqueles com 65 anos ou mais continua trabalhando. 

Em Hong Kong, a cada oito idosos, um trabalha. 

A proporção é superior a um quarto no Japão – em comparação com 18% nos EUA.

Um emprego popular para os prestadores de serviços idosos é ficar sentado no banco do passageiro da frente dos veículos de empresas enquanto eletricistas ou técnicos de fornecedoras de gás, por exemplo,  atendem clientes por perto. 

O prestador de serviço pode manobrar o veículo quando necessário, ajudando as empresas a evitar multas por estacionamento em local proibido ou multas de trânsito.

Uma empresa que tem quase a metade de sua força de trabalho formada por pessoas acima de 65 anos paga um salário de apenas 2.300.000 ienes (R$ 87 mil) por ano.

São empregos que não atraem os trabalhadores mais jovens, enquanto os idosos estão dispostos a aceitar a remuneração baixa para complementar a aposentadoria. 



O ESTADO DE SÃO PAULO
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