Após
participar de encontro na capital paulista para entender à viabilidade da
adesão ao plano de previdência complementar, Rondônia recebeu na segunda (6) e
terça-feira (7) o diretor presidente da Fundação de Previdência Complementar do
Estado de São Paulo (Prevcom-SP), Carlos Henrique Flory; a diretora de
Relacionamento Patrícia Sales de Oliveira; e o Atuário Newton Cezar Conde para
a primeira reunião técnica no Instituto de Previdência de Rondônia (Iperon),
iniciando o processo de previdência complementar.
O
governador Confúcio Moura deseja implantar a Previdência Complementar no estado
desde 2013, com a aprovação da Lei 3.270/2013. A partir do encontro no Estado
de São Paulo foi desenvolvida uma agenda de reuniões técnicas em Rondônia para
dar andamento ao processo.
Segundo
Carlos Henrique Flory, o complemento de renda é uma nova maneira de garantir a
aposentadoria do servidor público. “Na realidade o que os aposentados do futuro
vão ter são duas fontes de renda: a básica, que é o teto do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) e do Regime de Previdência dos Servidores Públicos
(RPPS); e o complemento que terá somente o servidor que aderir à previdência
complementar”, disse, explicando que essa complementação estará disponível
apenas aos novos servidores, e é opcional. “Caberá ao servidor optar pela
previdência complementar, o que lhe dará uma renda complementar na
aposentadoria ou no pagamento da pensão, em caso de morte do servidor”.
Flory
destacou ainda que o benefício desse complemento de renda dará mais certeza,
confiança, de que quando chegar a vez do servidor se aposentar, a entidade que
está gerindo a previdência dele vai ter dinheiro para pagá-lo. “A pior coisa
que existe é você contribuir por 30, 40 anos, como está acontecendo no Rio de
Janeiro, e chegar na porta do banco e não receber o benefício porque a entidade
não depositou o benefício por não ter mais dinheiro para pagá-lo”.
A
presidente do Iperon, Maria Rejane Sampaio, esclareceu que o Plano de
Previdência Complementar é de fundamental importância para o servidor. O Regime
Próprio de Previdência do estado ainda vive uma situação de conforto, se
comparado a outros, mas ela alerta que medidas urgentes precisam ser
tomadas a fim de se evitar que ao longo dos próximos três anos o Tesouro
Estadual tenha que aportar recursos para manter o pagamento de proventos dos
aposentados e pensionistas.
Estão
abrangidos por este regime de previdência complementar os servidores públicos
titulares de cargo efetivo da Administração Direta, das autarquias e das
fundações públicas de direito público da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios, já segurados pelo RPPS, que ingressarem no serviço
público após implantação dos planos de benefícios.
A intenção da adesão ao Plano de Previdência
Complementar também foi tema tratado na tarde de terça-feira durante a 9ª
reunião ordinária do Conselho Superior Previdenciário composto pelos chefes de
Poderes, Tribunal de Contas, Ministério Público, Defensoria Pública e
representantes dos servidores públicos do Estado de Rondônia
Rondônia Dinâmica