Com a reforma da
Previdência andando no Congresso, a apreensão em relação ao futuro financeiro
das pessoas aumenta. De um lado, há declarações persistentes do ministro da
Economia, Paulo Guedes, de que o atual regime de repartição está falido. De
outro, a discussão sobre capitalização ainda não dá instrumentos suficientes
para concluir qual rumo terá a contribuição dos trabalhadores. Os fundos de
previdência privada passam a ser uma opção em meio à nebulosidade de
informações, mas é preciso ter cautela e avaliar cada passo, já que se trata de
uma aplicação de longo prazo.
O país ainda sofre
com a falta de planejamento financeiro, principalmente o que trata de
investimentos mais longos. O hábito de poupança ainda é marginal, fruto da
baixa educação financeira. Segundo especialistas, seja qual for a reforma da
Previdência aprovada, a pessoa terá que andar com as próprias pernas. Isso
significa que não poderá depender apenas do que for decidido no setor público.
Os dados da
Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais
(Anbima) revelam que menos de 10% da população brasileira tem recursos
aplicados em previdência privada, que é um dos mais conhecidos investimentos
para o longo prazo.
ANCEP