Ainda em janeiro
estaremos dando início a uma caminhada capaz de reafirmar ainda mais o caráter
social e previdenciário dos fundos de pensão. Trata-se da decisão de um
sub-grupo formado na Comissão Técnica Nacional de Relacionamento com o
Participante de, até o final deste mês, formatar o plano de trabalho que
marcará o começo do estudo, a ser concluído ainda em 2017, relativo à
aplicabilidade em nossas entidades da Lei (nº 13.146/15)
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.
“Nossa
especial atenção será voltada ao artigo 3º da Lei, que trata de itens
relacionados aos acessos físico e tecnológico, focando nas barreiras de acesso
à informação”, aponta Marisa Santoro Bravi, Coordenadora da CTN de
Relacionamento com o Participante.
Marisa
baliza os passos iniciais: efetuar pesquisa de cases de
acessibilidade no mercado, para entender como é realizado o atendimento para
pessoas com necessidades especiais (cegos, surdos, mudos, portadores de
deficiências físicas, mentais, etc); identificar o estágio atual do tema
acessibilidade junto às patrocinadoras, e mapear o público das próprias
entidades para identificar que tipos de necessidades especiais existem e
inserir tais informações no cadastro.
Trimestre
e semestre - A intenção, adianta Sérgio Martins Gouveia, Coordenador do
sub-grupo e Diretor Administrativo e de Seguridade da CBS Previdência, é
ter a pesquisa desenhada já no primeiro trimestre e as conclusões iniciais
conhecidas no primeiro semestre. Se houver tempo, isso servirá de base para uma
primeira apresentação, em maio, no Encontro Nacional de Comunicação,
Relacionamento com o Participante e Educação e, de forma mais ampla e
integral em outubro, no 38º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão.
O assunto
surgiu e começou a ser tratado no terceiro trimestre do ano passado e, no
momento, os integrantes do sub-grupo estão analisando o farto material inicial
captado para a definição do plano de trabalho. Este será tratado, no final
deste mês, em uma reunião virtual, realizada assim a distância para mitigar
custos. A Comissão Técnica Regional Sudoeste de Relacionamento com o
Participante também está sendo convidada a participar do esforço, de modo a
através de sua contribuição multiplicar resultados. ”Serão mais cabeças
pensando”, resume Sérgio.
A ideia é
envolver não apenas as grandes entidades, mas também as de médio e pequeno
porte, uma vez que, independentemente da escala de cada uma, todas têm diante
de si o mesmo problema: atender adequadamente os seus participantes, sem
excluir aqueles que sofrem com alguma deficiência.
Envolver
as patrocinadoras - Serão envolvidas também as patrocinadoras,
algo que Sérgio acredita que será mais facilmente alcançado com as
multinacionais, que trazem a preocupação com a acessibilidade como uma herança
de suas matrizes no exterior. Mas o contato com todas as empresas será
fomentado, por ser este particularmente um assunto associado à cultura
organizacional.
Mas,
existe uma segunda razão pela qual as empresas devem ser procuradas e
envolvidas. É que o tema acessibilidade não raro passa por acordos
coletivos de trabalho negociados e celebrados com os sindicatos. É mais um
motivo para acertar com a patrocinadora os passos seguintes.
Diário dos Fundos de Pensão