A
Fundação Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, anunciou nesta
quinta-feira uma revisão em sua política de investimentos para os próximos
cinco anos em que o plano PPSP, que acumula déficit bilionário, ampliará
aquisição de títulos públicos e venderá participações em empresas.
Segundo a
fundação, o Plano Petros, que atende cerca de 76 mil participantes, dos quais
55 mil são assistidos, vai elevar a fatia da renda fixa nos investimentos de 45
por cento para 71 por cento dos ativos no curto a médio prazos, sobretudo com
compra de novos títulos públicos.
Enquanto
isso, o limite máximo de exposição à renda variável do PPSP foi reduzido de 45
para 35 por cento, "dada a maturidade do plano e a consequente necessidade
de aumentar o nível de liquidez", afirmou a fundação em comunicado à
imprensa.
Os
recursos obtidos com os desinvestimentos na carteira de participações em
empresas serão usados na compra de títulos púbicos e na recomposição de caixa,
para fazer frente ao aumento das despesas previdenciárias, disse a Petros.
No Plano
Petros-2 (PP-2), mais novo, a fatia da renda variável meta de subir de 8 para
15 por cento dos ativos por meio de operações "que capturem oportunidades
de mercado".
Além
disso, com a projeção de queda da taxa de juros, a Petros avalia que o PP-2
pode fazer investimentos no exterior, como forma de diversificar risco. O
limite para investimentos do PP-2 no exterior será de no máximo 2 por cento dos
ativos.
O PP-2
também pretende ampliar exposição ao segmento de imóveis. A alocação atual é de
2,5 por cento, mas tem como meta atingir 3 por cento. O percentual máximo é de
5 por cento.
O Plano
Petros tem benefício definido para os participantes, enquanto o PP-2 é regido
por lógica de contribuição variável.
"Estamos
dinamizando a gestão dos investimentos através da implementação da cultura de
'asset management' na Petros. Precisamos aproveitar as oportunidades de mercado
para buscar o maior retorno possível, mas sempre considerando o perfil de cada
plano e respeitando os limites de risco que podemos assumir para preservar a
segurança do patrimônio dos participantes", afirmou o presidente da
Petros, Walter Mendes, no comunicado.
Na nova política, a Petros não deve fazer novos
aportes em Fundos de Investimentos em Participações. O teto de alocação neste
segmento foi reduzido de 8 para 4 por cento, no caso do PP-2, e de 10 para 7
por cento no caso do Plano Petros, "numa perspectiva de redução compatível
com as condições de mercado".
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