O juro caiu, e a vida segue
Juro baixo afeta de
forma diferente quem está acumulando capital ou vivendo de renda.
Juros de 5% ao ano,
e agora, o que fazer?
Muita calma nessa
hora, a taxa de juros é um fator externo que,
isoladamente, não determina o que fazer.
Deve ser avaliado em conjunto com os relevantes fatores pessoais:
seu momento de vida, aceitação ou aversão a risco, grau de conhecimento dos
ativos financeiros, se está em fase de investimento ou desinvestimento, entre
outros.
Ninguém que investiu em renda fixa a vida toda
se transforma em investidor de risco da noite para o dia só porque a taxa de
juros caiu.
Quem é conservador, quem não aceita a menor possibilidade de perda,
vai continuar investindo em renda fixa, conservadoramente, como sempre fez.
A redução dos juros vem acontecendo há
vários meses, mas, agora, parece que o mundo vai acabar.
Dizer que a renda fixa
acabou (não acabou) e que a poupança vai perder para a inflação (muitas
aplicações vão) são argumentos que podem induzir pessoas ao erro de tomar
decisões precipitadas e equivocadas.
A diferença entre a
queda recente dos juros e as anteriores é que o juro real (acima da inflação)
da poupança e aplicações tradicionais de renda fixa se aproximou de zero.
Selic
de 5%, rentabilidade de 3,5% (70% da Selic), IPCA de 3,60% segundo projeções do
Banco Central (ainda estimativa), significa que o rendimento apenas repõe a
perda inflacionária.
Se você é
conservador e sempre investiu em renda fixa, talvez nunca seja um investidor
mais arrojado. E não tem nada de errado com isso.
TAXA DE JUROS
5% AO ANO
TAXA DE JUROS
5% AO ANO
Deixe o risco para quem pode,
quem conhece e tem tempo para recuperar eventuais perdas.
Se você é jovem,
está formando patrimônio, aceita risco em busca de maior retorno, tem o tempo a
seu favor, diversificar com dose maior ou menor de risco pode ser uma boa
estratégia.
FOLHA DE SÃO PAULO